28 de out. de 2011

Além do Que Se Pode Ver


Começar uma carreira de novo já é um desafio para muitos artistas. Fazer isso duas vezes, por extensão, é algo que apenas poucos conseguem fazer com total controle da situação. Pode-se dizer que, atualmente, é justamente esse controle da "terceira vinda" que está sendo testado na carreira do hermano Marcelo Camelo. Depois de ser "fenômeno das paradas de sucesso" e, ao lado de seu parceiro Rodrigo Amarante, "herói do rock brasileiro da última década", Camelo agora tenta emplacar vôo solo - mas seu passado parece continuar a querer lhe assombrar. Foi o que ficou claro em sua apresentação nesta última quinta-feira (27), no ginásio de esportes do SESC Ipiranga, em São Paulo.

16 de out. de 2011

Shows e Textos

Salve!

Não, este blog não morreu. Para variar, o tempo anda escasso para dar conta de tudo que eu preciso fazer ultimamente - e como quase sempre, quando a coisa aperta quem fica desfalcado é este espaço. Mas isso não significa que eu estou parado não. Nos últimos dias, três textos meus - que particularmente adorei escrever - andaram saindo por aí. :)

Para o Scream&Yell, foram sobre dois shows que vi recentemente: um é sobre a primeira passagem do Tears for Fears por São Paulo na turnê recente que eles fizeram pela América do Sul. Já o outro foi sobre a especial apresentação de Arnaldo Baptista no SESC Belenzinho, no sábado passado. No trabalho, mais conhecido como a Agência USP de Notícias, fiz uma matéria bacana sobre uma dissertação de mestrado que fala das velhas guardas da Portela e da Império Serrano.

E para essa semana, prometo ainda trazer alguma coisa de novo pra esse espaço. Se nada der errado, uma cobertura especial vem vindo aí.

Um abraço!

6 de out. de 2011

Descoberta, Ruptura

Dividir a música em gêneros é uma coisa curiosa. O que deveria servir para guiar e dar uma melhor referência sobre um determinado artista ou estilo acaba, pelo lado oposto, limitando as canções que ouvimos. Como uma espécie que não gosta de mudanças, privilegiamos o conforto, nos centrando em alguns nichos – e por vezes, deixando passar trabalhos artísticos maravilhosos, mas que passariam batido se seguíssemos à risca um rótulo preestabelecido. “A breakthrough”, diriam os ingleses em uma palavra, que em bom português significa tanto "descoberta" quanto "ruptura". É o que acontece, por exemplo, com uma das grandes revelações desse 2011 que começa a se encerrar: o cantor inglês James Blake. Filho da cena dubstep londrina, que se caracteriza por produções muito bem amarradas, com linhas de baixo fortes e baterias reverberantes, Blake chama a atenção com sua voz límpida e potente. Mas seu disco de estreia, James Blake, e o recém-lançado EP Enough Thunder mostram que ele é mais que uma vozinha bonita.