31 de jul. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: The Fifties


Mais uma vez na companhia do  amigo (vegetariano) Marco Tomazzoni, nos despedindo da região do Itaim, de onde nossa redação saiu na semana passada rumo à terra distante e gélida da Berrini, fomos à filial do The Fifties na rua Tabapuã. Eu já tinha comido outras vezes no Fifties, antes de criar a coluna, e nunca tinha me deixado impressionar muito pela casa, para a falar a verdade. Apesar da ambientação bacana, e do bom serviço, meu gosto provinciano sulsancaetanense achou tudo muito caro. Mas as coisas mudaram um pouco. 

De saída, pedimos batatas fritas, acompanhada apenas por uma boa maionese, mas que poderia ser mais bem temperada. Agrada nas batatas perceber sua irregularidade - o que mostra que elas não foram simplesmente tiradas de um pacote congelado e arremessadas em óleo quente. Outro ponto alto da casa: a Coca-Cola é de garrafa de vidro, como convém à uma casa que 

No que diz respeito aos lanches, um aviso importante: eles tem alguns lanches “prontos”, mas na maior parte das vezes, acaba valendo mais a pena montar o seu sanduíche com os ingredientes que você mais gosta. Para manter o padrão da coluna, fui de X-Bacon Maionese (R$21). Não podia dar errado, assim como aquela garota que curtiu todos os seus filmes e livros favoritos no Facebook, né?

Mas a bem da verdade, o resultado poderia ser melhor - sei lá, a voz da garota não combina com a personalidade dela, ou ela tem um tique estranho... Digo: os ingredientes todos são bons, (dá para perceber a carne de primeira no hamburguer de 120g, e bacon é sempre bacon), mas falta integração entre os componentes do sanduíche. Além disso, boas doses de sal tiveram de ser acrescentadas ao lanche, o que sempre conta negativamente para este glutão.  

No saldo geral, o Fifties é um lugar legal, mas não passa muito disso, como um bom primeiro encontro que acaba não dando em nada. Mas, para quem anda em tempos de seca, o The Fifties faz o suficiente para garantir o primeiro lugar do Melhor Hambúrguer da Cidade. Só por enquanto... 

Nota: 3 fatias de bacon

Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress):

1 - X-Bacon Maionese, The Fifties (3)
2 - Barbecue Burger, America(2,5)
2 - Maracanã Burguer, Cervejaria Nacional (2,5)
4 - Gran Burger BBQ, General Prime Burger (2)

29 de jul. de 2012

(Per)Versão: Neil Young

A sessão (Per)Versão de hoje conta com um dos artistas favoritos da casa: Neil Percival Young.



A primeira é um dos melhores covers já feitos: "Winterlong", com os Pixies.

25 de jul. de 2012

Catadão de Entrevistas

Falei pouco do meu trabalho por aqui até hoje. Depois de um tempo falando de ciência e pesquisas acadêmicas na Agência USP de Notícias, comecei a trabalhar no iG Jovem em março - e tô lá desde então, dividindo minha atenção entre esportes radicais, Justin Bieber e pautas de comportamento como "como é o beijo ideal para eles e para elas".

De vez em quando, rolam umas entrevistas de música bem legais - aproveito o buraco de textos novos (várias ideias saindo do forno) para fazer um selecionado de algumas das minhas entrevistas favoritas com cantores e bandas brasileiros nos últimos tempos. (Se alguém tiver alguma sugestão bacana de entrevista, sinta-se à vontade) Espero que vocês gostem.







22 de jul. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: Cervejaria Nacional


Depois de chamados insistentes da querida Victória Girino, finalmente cedi e fui à Cervejaria Nacional, que fica na Av. Pedroso de Moraes, perto do cruzamento com a rua Teodoro Sampaio. À primeira vista, a casa impressiona pelo charme - e para os amantes do malte e do lúpulo, por fazer suas próprias cervejas. Apesar de ser um cocólatra praticante, não deixei a chance passar e pedi, junto com o hambúrguer da vez (calma, já falo dele), uma Domina Weiss. Não entendo nada de cerveja, então simplesmente me abstenho de falar mais sobre a cerveja de trigo da casa - deixo uma tarefa dessas para o Marcelo Costa. 

Com uma fome monstra (tinha acabado de sair do trabalho, e estava há umas boas seis horas sem comer), resolvi pedir o Maracanã Burguer (a R$ 26) - cujo nome faz imaginar em um lanche com o tamanho que você está pensando. Notícia boa nº1: ao pedir o lanche, vem junto com ele uma boa porção de batatas fritas, grandonas (que precisavam de muito sal, mas tudo bem). Notícia boa nº2: de segunda a sexta-feira, até às 20 horas, a casa faz uma promoção estilo Casas Bahia: pague uma bebida, leve duas. 

Entretanto, o Maracanã Burguer deixa a desejar - parecendo mais como uma Arena Barueri (tudum-tss). Chega até a ser decepcionante, com seus ingredientes bons (hamburguer de 200g, queijo, bacon, alface, picles, tomate, cebola roxa e maionese), que o lanche não cumpra sua missão. Falta ao lanche uma boa montagem: um glutão habilitado teria dificuldade de segurá-lo direito e comer todas camadas de uma vez só. O bacon e a maionese, por sua vez, sumiram do lanche tal qual dois atacantes em um time sem meio de campo criativo. Entretanto, com boa carne, e um queijo bacana protegendo a defesa, o time do Maracanã Burguer até que consegue um empate mixuruca dentro de casa. Uma pena. Um bom técnico (leia-se chapeiro) e um pouco menos de megalomania poderiam transformar o Maracanã Burguer um sanduíche campeão de maneira fácil. 

Nota: 2,5 fatias de bacon


Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress): 

1 - Maracanã Burguer, Cervejaria Nacional (2,5)

19 de jul. de 2012

Marina Wisnik, Transmissor


Marina Wisnik - Na Rua Agora - 2012

Álbum de estreia de Marina Wisnik, Na Rua Agora aparece já cercado de dois nomes importantes. O primeiro é o do pai de Marina, José Miguel Wisnik, escritor, músico e pesquisador da canção brasileira. O outro é o de Marcelo Jeneci, que assina a produção junto a Yuri Kalil, do Cidadão Instigado. Em sua extensão, Na Rua Agora funciona bem como uma colcha de retalhos, sendo construída a partir de pequenos relatos que poderiam estar num diário (ou em uma timeline discreta no Facebook). A faixa título, “Deitada em Si”, e “Primeiro Céu” contam pedaços do cotidiano de um eu-lírico urbano-sentimental. Falando dessa maneira, parece algo supersofisticado, mas não é nada que não tenha sido visto antes. Nos últimos anos, Tiê, Tulipa e Thiago Pethit fizeram trabalhos parecidos com este – por sinal, Pethit dueta com Marina em “Dezesseis”. Na Rua Agora não é um disco incrível, mas suas canções podem aquecer vários corações nesse inverno que se anuncia.

Download em A Musicoteca 
Nota: 6,5

Transmissor - Nacional - 2011

Em seu primeiro álbum, Sociedade do Crivo Mútuo, os mineiros da Transmissor já mostravam boa mão para canções pop (faça o teste com “1º de Agosto” e perceba que ela ficará na sua cabeça por vários dias), mas soavam um pouco cansativos ao longo do disco. Felizmente, Nacional, mais recente trabalho da banda, não sofre do mesmo problema, recuperando o Clube da Esquina pela estrada do rock. Mais próximo de Lô do que de Milton, Nacional soa como a continuação de uma veia que o Skank poderia ter seguido com “Dois Rios”, mas deixou de lado não se sabe bem por que. Vale prestar atenção em versos apaixonados como “fiquei molhado pela chuva do teu não” (“Dessa Vez”, belo encontro entre McCartney e Flávio Venturini) e na beleza do refrão de “Bonina”. Aproveite ainda para assobiar e trazer o sol para o seu lado da rua com a bonita “Só Se For Domingo”, a candura de “Dois Dias” e a versão esperta feita para “Nada Será Como Antes”, de Milton e Ronaldo Bastos. Você não vai se arrepender.

Nota: 8,5





(publicado originalmente no Scream & Yell)

17 de jul. de 2012

Vidinha de Merda


Rita Lee está de volta. E talvez isso não seja uma coisa exatamente boa. Reza, seu 21º álbum de estúdio, chega nove anos após seu antecessor, Balacobaco, que emplacou nas rádios a chatíssima "Amor e Sexo", parceria da cantora com Arnaldo Jabor. Mais uma vez acompanhada pelo maridão coxinha Roberto de Carvalho, Rita comete um disco tétrico, longe da lucidez que exibiu em janeiro, num palco de Aracaju, ao ser detida pela polícia local por desacato à autoridade. 

12 de jul. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: General Prime Burguer

Na boa companhia de Marcelo Costa, Tiago Agostini e Marco Tomazzoni, este que vos escreve foi ao General Prime Burger, na zona sul de São Paulo, para mais um capítulo da saga do Melhor Hambúrguer da Cidade. 

Localizado na rua Joaquim Floriano, 541, no Itaim Bibi (leia-se: perto do trabalho), o General Prime Burger sempre me intrigou pelo nome pomposo. De saída, eu e o vegetariano Tomazzoni pedimos uma porção de batatas fritas simples, que não merecem grande destaque mas também não fazem feio. Com a chegada do Mac e do Agostini, mais uma porção de batatas, dessa vez em formato waffle. Crocantes e sequinhas, o shape diferenciado do salgado deu a ele todo um sabor especial, sendo o ponto alto do dia, com a boa maionese da casa e catchup Heinz. Junto com as batatas, tomei uma Soda - sim, o GPB não trabalha com Coca Cola. 

Na sequência, ainda com bastante fome, mandei ver num Gran Burguer BBQ, de R$ 28,00. Bastante recheado, o lanche vem com finas fatias de bacon (YES!), cheddar, picles, rodelas de cebola roxa e molho barbecue. Não é um lanche ruim, mas dois problemas saltam logo de cara. Um é a sobreposição de sabores, com cada ingrediente sobressaindo-se mais ao outro, sem um bom balanço da coisa. O outro é o fato do lanche estar bem molhado (graças aos molhos e a carne deliciosamente sangrenta), o que tornava bem difícil a tarefa de segurá-lo devidamente com as mãos sem se sujar. No fim das contas, ficou a vontade de voltar à rede, mas escolhendo outro lanche. Fica pruma próxima vez.

Nota (de 0 a 5): 2 fatias de bacon

Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress): 
1 - Barbecue Burger, America (2,5)
2 - Gran Burger BBQ, General Prime Burger (2)

11 de jul. de 2012

(Per)Versão: Milton Nascimento

A segunda edição da coluna (Per)Versão aponta sua bússola para Minas Gerais, conferindo as versões feitas por e para canções de Milton Nascimento. Primeiro, a versão equivocada dos Selvagens à Procura de Lei para "Travessia".