28 de fev. de 2012

Show Protesto na USP



Todos os anos, na semana de recepção aos calouros, o Diretório Central dos Estudantes (DCE-Livre) da USP organiza um dia de atividades com debates, palestras e no final de tudo, um show. Quando eu era bixo, em 2010, foi Móveis Coloniais de Acaju (e eu não fui). Ano passado, teve Curumin e Garotas Suecas (e eu não fiquei até o final pra conferir). Em 2012, também vai ter show - mas em condições diferentes, graças ao clima conturbado que se estabeleceu na USP no ano passado (explico essa história mais pra baixo). Quarta-feira, na Praça do Relógio, na USP, a partir das 22 horas, Arrigo Barnabé, Tulipa Ruiz, B. Negão e as bandas Isca de Polícia (que acompanhava o saudoso Itamar Assumpção) e Patife Band (de Paulo Barnabé, irmão de Arrigo) fazem o que tem sido chamado por aí de "Show Protesto na USP". O vídeo de divulgação feito pelo Comando de Greve, que você pode ver aí em cima, marca bem essa ideia. 

O show, obviamente, é gratuito e aberto ao público. Entretanto, vale lembrar que a partir das 20 horas a entrada na Cidade Universitária é controlada - de carro, só entra quem tiver carteirinha da USP. Dá ainda pra chegar de ônibus (veja as linhas na página do evento no FB) e de trem (pela estação Cidade Universitária da CPTM).

27 de fev. de 2012

No S&Y: Canções de Guerra


O ano é 1991. Milton Nascimento, descontente com a situação política do país, compra uma passagem só de ida pra Inglaterra. Lá, Bituca se depara com uma cena musical fervilhante, e se envolve com o som das bandas locais. Bobby Gillespie o chama para tocar baixo em alguns shows do Primal Scream, e o Stone Roses pensa em gravar alguma canção do Clube da Esquina em seu aguardado segundo disco… paremos por aqui, porque isso não é mais do que uma grande ilusão. Mas, se fosse para descrever rapidamente Canções de Guerra, o terceiro disco da Pública, poucas imagens teriam melhor poder de síntese.

O resto do texto você lê lá no Scream & Yell

26 de fev. de 2012

Pela Estrada Afora


Alive, and kicking. O Lobo Mau do rock brasileiro está de volta, e muito bem, por sinal - ao contrário de boa parte de seus colegas de geração (explico melhor em breve aqui no Pergunte ao Pop). Em show ontem no SESC Pompeia, Lobão fez um show pra ninguém botar defeito.

A todo o volume, elétrico (vale lembrar, seu último disco cheio foi o Acústico MTV, de 2007), o "carioca" ensurdeceu os ouvidos dos espectadores com ondas e ondas de guitarras poderosas - saí da choperia com um zumbido que há muito tempo não sentia. 

25 de fev. de 2012

Pitacos do Oscar

Simples e direto: meus pitacos (e meus favoritos) do Oscar 2012, esse troféu que parece uma estátua em miniatura do C-3PO.

23 de fev. de 2012

Clássicos em 3D: Saudade do que Eu Não Vi

Nos últimos meses, os cinemas têm sido invadidos por uma série de filmes... antigos. Em nova versão, calcada na tecnologia 3D (utilizada há décadas em parquinhos de diversão mundo afora), clássicos recentes como "Toy Story", "O Rei Leão", "A Bela e a Fera" e "Star Wars: A Ameaça Fantasma" estão sendo exibidos nos grandes centros do Brasil. A grande pergunta é: o que raios o espectador tem a ganhar com isso?

O 3D, enquanto plataforma para o cinema, é um auto-atentado. Sejamos francos: é difícil se impressionar por mais de dez minutos com os óculos e toda a artimanha picareta das três dimensões - o que dirá por duas horas? Além disso, nem todo mundo gosta de ver pedras, pássaros ou explosões passando de frente por sua cara.

Drive


Escrevi sobre o filme Drive, estrelado por Ryan Gosling, para o Scream & Yell. Confere lá.

21 de fev. de 2012

A Paradona da Mangueira

Vou me juntar ao coro dos óbvios: mas que coisa sensacional essa Paradona da Mangueira. Se você não sabe do que eu tô falando, estava em Marte ou festejou dignamente o seu carnaval, dá uma olhada nesse vídeo abaixo.



20 de fev. de 2012

Boa Parte de Mim Vai Embora

Cinco anos passam rápido. Se essa frase de efeito costuma valer bem para uma pessoa, que dirá para uma banda, ainda mais nos dias de hoje? Boa Parte de Mim Vai Embora, o segundo trabalho da Vanguart, chega aos ouvintes exatamente cinco anos depois da banda causar frisson no cenário independente, através de hits como “Semáforo” e “Cachaça”, destaques de um grande disco, autointitulado, lançado pelos mato-grossenses em 2007. Eles obviamente não foram os primeiros a usar o idioma folk no rock nacional, nem mesmo trouxeram o gênero de volta à tona na última década – como fizeram lá fora, só para citar alguns nomes, Wilco, Ryan Adams e Iron & Wine. Mas, de alguma maneira, acabaram se tornando responsáveis por uma mexida na cena brasileira, fazendo que, de uma hora outra, parecesse plausível e possível fazer música calcada em voz e violão – Mallu Magalhães e sua “Vanguart” que o digam.

17 de fev. de 2012


Completando 10 anos, o grupo Cérebro Eletrônico resolveu comemorar fazendo um show na choperia do SESC Pompeia (um dos lugares mais legais de São Paulo) cheio de convidados especiais. A bem da verdade, é preciso dizer que o clima era mais de festa do que de apresentação - em pelo menos metade das músicas o vocalista Tatá Aeroplano jogava confetes e papel picado no palco ou na plateia, e na última canção pré-bis do show, a balançada "Desquite" -  que tem em seu DNA a influência do Grupo Rumo - um número de pelo menos quinze pessoas ocupava o palco, dançando e berrando a letra. 

Em tom de retrospectiva, a banda mostrou músicas de seus três discos: o semi-desconhecido Onda Híbrida Ressonante, de 2003, e os bacanudos Pareço Moderno, de 2008, e Deus e o Diabo no Liquidificador, de 2010. No palco, o Cérebro não tem a mesma força que tem em suas gravações - um pouco pelos arranjos muito bem construídos, um pouco pela insegurança de Tatá -, mas é preciso dizer que eles têm pelo menos três canções que merecem ser vistas ao vivo: a esperta "Dê" (no link, em show de 2009, com a participação do Vanguart), "Pareço Moderno" e a baladaça "Cama", com seu tom roberto-odairjoséano e um refrão incrível: "Eu só saio dessa cama/quando você disser decidida/que me ama". (Eu ainda acrescentaria a essa lista outra baladona fudida, "Sérgio Sampaio", que não foi tocada no SESC Pompeia). Fiz algumas fotos do show - as mais bacanas tão lá no flickr. E até semana que vem. 

16 de fev. de 2012

G.R.E.S.


Mesmo que você pertença ao bloco do "Carnaval, Sai Pra Lá!", como o Pato Fu (vide aqui "G.R.E.S.", música que está no primeiro (e louco) disco da banda mineira, Rotomusic de Liquidificapum), dê uma atenção a esta pequena lista dos meus sambas-enredo favoritos. Como toda lista, ela é pra lá de pessoal - e tem curiosidades bizarras. Graças ao acervo do grooveshark, tive que deixar de fora "Memórias de um Sargento de Milícias", samba de Paulinho da Viola que deu o título à Portela no carnaval de 1966.

De Avenida e Sambódromo by Bruno Capelas on Grooveshark 

Aperta o play aí e vai ouvindo.

14 de fev. de 2012

Tempo de Colheita

Hoje, esse disco aí do lado faz 40 anos, senhores. Posso dizer que Harvest, do Neil Young, é um dos discos que moldaram o meu caráter. É um dos responsáveis pela minha paixão pelo véio canadense - um artista que está entre os meus cinco favoritos (os outros, a saber: Pato Fu, Beatles, Tom Jobim e R.E.M.).

Harvest é o quarto disco solo de Neil Young, após ter sido parte de duas grandes bandas: o Buffalo Springfield e o Crosby, Stills, Nash & Young (os três primeiros vem ao Brasil no dia 10 de maio, segundo informações do jornalista José Norberto Flesch). Ele se seguiu aos petardos Everybody Knows this is Nowhere! e After the Goldrush, e foi gravado sem o acompanhamento da nobre banda Crazy Horse.

Aqui, em substituição a ela, aparecem os Stray Gators - capitaneados pelo produtor Jack Nitzsche - e um sem número de convidados para os backing vocals: além dos companheiros Stills, Crosby e Nash, Young ainda conta com a colaboração de James Taylor e Linda Ronstadt nas duas faixas mais bem sucedidas comercialmente do disco, "Heart of Gold" e "Old Man". Graças a elas, Harvest tornou-se o disco mais conhecido do canadense - e a porta de entrada para muitos ouvintes. 

13 de fev. de 2012

Tabelinha

Nessas férias, terminei de ler dois livrinhos bacanas que me acompanharam durante o mês de janeiro entre viagens de metrô e aqueles breves minutos antes de dormir. Feito uma dupla de atacantes escolhidos ao acaso, Futebol ao Sol e à Sombra, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, e Fome de Bola - Cinema e futebol no Brasil, do jornalista Luiz Zanin Oricchio, acabaram fazendo muito sucesso/sentido quando trabalharam em conjunto. Cada um à sua maneira, ambos traçam perspectivas interessantes sobre a história do esporte bretão que floresceu tanto por aqui.

7 de fev. de 2012

Lollapalooza divulga horários

O título não poderia ser mais óbvio: depois de "aguardar e curtir muito", o festival de Perry Farrell finalmente solta os horários de seus shows, pra quem quiser já ir se programando e sabendo o que vai ver em abril.

De improviso, aqui, olhando a programação, já consigo até traçar o que eu quero ver (e o mais importante num festival: em que hora eu vou aproveitar pra ir comer, né). Devo chegar cedinho no sábado para ver o mestre Wander Wildner abrir os trabalhos - depois pego Marcelo Nova e O Rappa. Dou uma pausa na vida (e talvez pegue algum show nesse meio tempo) pra me preparar pra porrada Joan Jett e Foo Fighters (e por que não Joan Jett com Foo Fighters, como andam anunciando por aí?).

Quebradaço, no domingo, tô considerando se vale a pena chegar cedo pra ver os baianos do Cascadura (que tem duas belas canções, "Se Alguém o Ver Parado" e "Mesmo Eu Estando do Outro Lado", e deve lançar disco novo esse ano) e a Plebe Rude. Às quatro, Black Drawing Chalks, depois enrolar um pouco pra pegar o MGMT e o Foster the People (na real, só pra ver "Pumped Up Kicks"). Mas a grande frustração fica pra agora: queria mesmo ver Mano Brown, mas o horário deles bate com o Jane's Addiction e com o começo do show do Arctic Monkeys... ou seja, sem chance pra fazer um "nego drama". (tudum-tss!). E, à la Evaristo Costa, fecho esse post com uma piada velha.

5 de fev. de 2012

Super Bowl

Tracy Porter, do New Orleans Saints, no "Retorno Para a História", do Super Bowl XLIV, em 2010

Na manhã de "hoje" (são duas e quarenta da manhã quando escrevo), provavelmente os jornais esportivos do Brasil dedicarão a sua página anual (ou nem isso) ao futebol americano, em razão do Super Bowl. Manchetes como "o evento mais visto da televisão mundial" ou "o maior faturamento em publicidade" ou coisas do gênero devem descrever a final entre o New England Patriots - do marido de Gisele Bündchen, Tom Brady (para usar outro clichê) - e o New York Giants

2 de fev. de 2012

Tintim


Vi ontem à tarde. É um desbunde: Spielberg em sua melhor vertente - a do entretenimento puro e simples, com aquele deslumbre de fazer a gente ficar de queixo caído e se lembrar porque curte tanto o cinema.