23 de mai. de 2013

No S&Y: José Barreiro, do Primavera Porto

Entre os dias 30 de maio e 1º de junho (daqui a uma semana!), a cidade do Porto, em Portugal, receberá a segunda edição do Optimus Primavera Sound. Depois de sediar grandes shows de Wilco, Spiritualized e Suede em 2012 e receber 50 mil pessoas (com 70% de estrangeiros) em três dias de evento, o festival conta nesse ano com atrações de peso, como Blur, My Bloody Valentine, Nick Cave & The Bad Seeds, James Blake e Grizzly Bear. 

“A grande novidade de 2013 é o nosso cartaz, e nele baseamos nossas expectativas na subida do número de expectadores”, avalia o diretor do festival, José Barreiro, que ainda vê como destaques as apresentações de Daniel Johnston, Breeders e a participação da All Tomorrow’s Parties e da Pitchfork como curadores do evento. “Ficamos orgulhosos de ter essas instituições ao nosso lado já na segunda edição, porque sabemos que eles não se unem a quem não tem sucesso”, explica.

Bati um papo bacana com José Barreiro, diretor do Optimus Primavera Sound - ou, pra diferenciar da edição de Barcelona, Primavera Porto - sobre a segunda edição do festival. Na pauta, o contato com os patrocinadores, a importância de organizar um evento que sabe o seu tamanho e a preocupação com a qualidade e com um bom lugar para receber as apresentações. Além disso, Barreiro falou sobre a tentativa do Primavera Porto de ser "um irmão mais novo, mas mais esperto" da festa catalã, e alfinetou o festival da família Medina: "O Rock in Rio é uma Disney World, um lugar que também tem música, mas é, acima de tudo, um produto". A íntegra da conversa você confere no Scream & Yell

21 de mai. de 2013

O Lado A(?) da Virada Cultural: Lirinha, Mombojó, Vanguart e Apanhador Só


O Victor Francisco Ferreira conta o resto da saga dele pela Virada Cultural pra gente aqui no Pergunte ao Pop. Saiba como foram os shows de Lirinha, Mombojó, Vanguart e Apanhador Só durante o festival paulistano

Após algumas horas na Sala de Imprensa escrevendo textos sobre minha experiência erótica oriental no Cine Dom José, rumei para a rua 25 de março. Passava das duas da manhã, e no palco da famosa rua do comércio paulistano estava a banda paraibana Cabruêra, com uma apresentação agitada e hits da música brasileira, principalmente nordestina.

Enquanto o palco da Cabruêra era desmontado e a equipe do pernambucano Lirinha ajeitava os instrumentos para o próximo show, os alto falantes do palco emitiam ruídos altos e irritantes. Problema técnico que foi solucionado apenas minutos antes do início da apresentação, que começou com 45 minutos de atraso.

19 de mai. de 2013

O Lado B da Virada Cultural: Cinema Erótico Japonês

A Mulher Inseto, de Shohei Imamura

O dono do Pergunte ao Pop pode não estar em São Paulo para curtir a Virada Cultural (e ter sua carteira levada por trombadinhas pra cantar Bob Dylan), mas o Pergunte ao Pop está! Victor Francisco Ferreira, que já escreveu sobre shows de Red Hot Chili Peppers e Os Pontos Negros, dessa vez colabora com este espaço falando sobre... cinema erótico japonês. 

“O que tem movido a Virada é a música”. A frase é de Juca Ferreira, secretário de cultura de São Paulo. Se as apresentações musicais são as mais procuradas e badaladas da Virada Cultural, não seria errado dizer que as sessões de cinema sejam o “lado B” do evento. Ainda mais quando reúnem uma coleção de filmes eróticos japoneses.

A coletânea Pink Porn, exibida no Cine Dom José durante a Virada Cultural 2013, apresentou diversos clássicos do cinema erótico japonês. O primeiro deles foi A Mulher Inseto (Nippon Konchûki, 1963), do diretor Shohei Imamura.

17 de mai. de 2013

Eles São Assim e Assim Por Diante

Frequentar o mesmo bar durante muitas e muitas noites da sua vida pode ser uma experiência educativa. Além de aprender a lidar bem com a bebida e se tornar um expert em comida de boteco, você passa a reconhecer vários "personagens de bar". Um dos mais típicos é aquele cara entre os 35 e os 45 que teve um longo casamento e, da noite para o dia, tomou um pé na bunda. 

Repare bem: no começo da noite, ele está lá sozinho, tentando achar alguém que preencha bem os espaços vazios de seu coração. Para isso, ele usa uma meia dúzia de cantadas que deveriam ser legais - na época dele. Quando o álcool começa a bater no sangue, ele passa a se lembrar das coisas que fazia com a ex e chora. Mais algumas doses, e aí você vê uma das duas seguintes coisas acontecendo: ou o nosso personagem começa a falar coisas sem sentido algum, incomodando até o barman, ou ele recupera o orgulho, lava o rosto no banheiro e, com alguma bondade, consegue até levar uma garota legal para casa – para retornar ao bar no dia seguinte, é claro. 

Se pessoas pudessem ser discos, o personagem acima seria um exemplar quase idêntico a Eles São Assim e Assim Por Diante, o novo disco da banda gaúcha Bidê ou Balde. Surgido no final dos anos 1990 em Porto Alegre, o grupo de Carlinhos Carneiro (voz), Vivi Peçaibes (teclado), Rodrigo Pilla (guitarra) e Leandro Sá (guitarra) chega agora a seu quatro álbum - o primeiro desde 2004, quando gravaram o mediano É Preciso Dar Vazão aos Sentimentos

15 de mai. de 2013

Ó, Pá: Refrigerantes Bizarros IV

O garção passa pelo Pergunte ao Pop e nos oferece mais uma rodada de refrigerantes diferentes. Que tal uma bebida que é pura baunilha e gás? Ou um refrigerante de laranja com pedaços de polpa? E uma versão pink da 7UP? Vem beber com a gente :)

ShurFine Creme Soda

Depois das últimas edições desses Refrigerantes Bizarros, confesso que comecei a temer pela minha garganta e pelo meu estômago toda vez que aparecia um sabor novo na minha frente. Mas toda busca tem sua recompensa. E a primeira desta jornada chama-se ShurFine Creme Soda, um refrigerante de baunilha que desce redondíssimo guela abaixo. Com cheiro bem doce, e gosto de sorvete de creme da Kibon (risos), a bebida fabricada pela Western Family Foods e distribuída pela ShurFine (uma grande marca de produtos alimentícios dos EUA) conquistou meu coração. Claro, podia ter um pouquinho a mais de gás, e o fundo do refrigerante podia ter menos gosto de xarope de milho, mas nem tudo na vida é perfeito. Como diria meu pai, o ótimo é inimigo do bom. E é bom demais esse ShurFine Creme Soda - um oferecimento do casal Mara Telma & Maurício ao Pergunte ao Pop. Obrigadão, Maura :)

Nota: 4 bolhinhas de gás

Orangina

Fabricada pela Schweppes espanhola, a primeira coisa que chama atenção na Orangina é o formato de sua garrafa, feita para dar a sensação de que estamos segurando uma fruta (forçado, mas vá lá, a ideia é legal). Misturando laranja, limão, mandarim e grapefruit, a bebida foi inventada na França, e pode ser muito bem encarada como um refrigerante de laranja. Tanto é assim que o cheiro que sai da garrafa assim que a tampinha é aberta é o mesmo de quando você corta uma laranja pela metade. Sem corante (observe a cor na foto ao lado), com muito pouco gás e pedaços da polpa das frutas (que restam inertes no fundo do copo e só são sentidos no último gole), a Orangina surpreende por ser um refrigerante de laranja sem xurumelas ou gosto artificial da fruta. Eu, que odeio Fanta Laranja, curti.


Nota: 2,75 bolhinhas de gás

Cherry 7UP

Grandes marcas de refrigerantes adoram tentar inventar moda em cima do que já é bom. Se a Coca Cola tem a Cherry Coke, a 7UP tem a Cherry 7UP, sua versão pink. A primeira surpresa quando eu abri a latinha e coloquei o líquido no copo foi verificar que ela é transparente, que nem a 7UP normal. Em compensação, o aroma do refri é aquele extrato de cereja ao marrasquino enjoativo. No primeiro gole, dá pra dizer: o que era azedo se acabou, uma vez que trocar a cereja por limão resulta em um refrigerante doce, sem o cítrico da fruta verde. Se, por um lado, o limão harmoniza melhor com a cereja do que a cola, por outro é difícil tirar da cabeça a sensação de tomar uma versão com gás de Luftal sabor cereja. Muitos refrigerantes começaram a ser vendidos como remédios, mas não há nada pior que um refrigerante com gosto de remédio. Fuénc. 

Nota: 2 bolhinhas de gás


Ranking Pergunte ao Pop de Refrigerantes Bizarros:
1º - ShurFine Creme Soda (4)
2º - Dr Pepper (3)
3º - 7UP (2,75)
3º - Orangina (2,75)
5º - Cherry Coke (2,5)
6º - Brisa Maracujá (2)
6º - Vimto (2)
6º - 7UP Cherry (2)
9º - Sumol Ananás (1,75)
10º - Blue Pineapple-Coconut (1,25)
11º - Now Green Herbs (0,5)
12º - Trina Maçã (0)

13 de mai. de 2013

No S&Y: Navegar é Preciso - Deolinda em Lisboa

Fazer um show inesquecível é, por vezes, dançar sobre a corda bamba das coincidências. Não basta apenas uma meia dúzia de boas músicas com refrão agitado. É preciso um dia inspirado dos músicos que estejam no palco, um lugar com condições decentes de visibilidade e conforto, um bom sistema de som, um repertório encaixado e um público desejoso de que, à sua frente, se faça um momento especial. Aos olhos de um matemático, tal somatória parece impossível, mas, dia após dia, sempre há um artista capaz de realizar a conta com perfeição. Na primeira sexta-feira de maio (03), as cinco mil pessoas que lotavam o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, viram uma execução primorosa dessa operação não aritmética, realizada pelas mãos, instrumentos e vozes do grupo português Deolinda. 

A apresentação em Lisboa foi a primeira do grupo na capital portuguesa após o lançamento de seu terceiro disco, “Mundo Pequenino”. Um passo à frente promovido com o incentivo do produtor Jerry Boys (engenheiro de som de R.E.M., Rolling Stones e Pink Floyd), o álbum vai além da dualidade fado-pop promovida nos dois primeiros discos da banda, o arrasador “Canção ao Lado” (2008) e o lírico “Dois Selos e um Carimbo” (2010), em busca de uma sonoridade ampla. Trocando em miúdos: para além das guitarras lusas e dos agudos típicos do gênero consagrado mundialmente por Amália Rodrigues, em seu novo trabalho, o Deolinda arrisca brincar com pianos, percussões africanas e arranjos de sopros. E, seguindo bem o ditado, quem não arrisca não petisca. 

Tô de volta ao Scream & Yell, dessa vez contando sobre a noite inesquecível do Deolinda no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, naquele que é o show do ano até agora para este blog. Entre uma paixão (platônica) por Ana Bacalhau e as grandes canções de Mundo Pequenino, aproveitei a deixa para tentar explicar porque o Atlântico não é grande o suficiente para separar a música brasileira da lusitana. Quem sabe eu não te convenço também? Bora ler - e se é pra acontecer, pois que seja agora!

10 de mai. de 2013

Ó, Pá: Refrigerantes Bizarros III

E lá vamos nós de novo com mais uma jornada pelo mundo dos refrigerantes diferentes que este blog têm encontrado aqui na Europa. Com vocês, o Dr Pepper, o Now Green Herbs e a 7UP. Tim-tim!


Dr Pepper.

Ele foi criado no século XIX, por um farmacêutico americano, e primeiro foi vendido como remédio, depois tornando-se um refrigerante. Assim como outra bebida bem famosa (caham), o Dr Pepper, um dos refris mais populares dos EUA, também promove ter um sabor único, sem se basear em uma fruta ou planta qualquer. Pode parecer balela, mas é verdade: ao abrir a lata, a primeira coisa que se sente é aquele cheiro de cereja que a Cherry Coke também tinha (o que conta pontos contra, na real), mas as semelhanças param por aqui. Com muito gás, muito açúcar e cor de caramelo, o Dr. Pepper desce gostoso pela garganta quando bem gelado - sendo, até o momento, o melhor refrigerante que esta seção tomou. #vamosacompanhar

Nota: 3 bolhinhas de gás

Now - Green Herbs

Método científico: você só sabe se uma coisa é boa se experimentá-la. É o que devem ter pensado os alemães da Now quando fizeram o sabor Green Herbs para sua linha de refrigerantes, em uma fórmula que inclui vinagre de maçã, limão e extrato de flor de sabugueiro. O rótulo na garrafa dizia "100% orgânico, com ervas verdes", o que faz deste o primeiro refrigerante ecochato da seção, mas o lagartinho gente boa parecia compensar tudo. Depois de aberta a tampinha, o primeiro gole tornou-se quase o último: com pouquíssimo açúcar, bastante ácido e meio natureba, o Green Herbs parece uma versão gaseificada de chá verde (no conceito, não no resultado, fique claro). Até fui fuçar o site da marca pra entender o propósito da coisa - e acabei topando com uma sugestão de misturar a bebida para fazer uma caipirinha. Melhor parar por aqui. 

Nota: 0,5 bolhinha de gás

7UP

Chamar a 7UP de refrigerante bizarro é quase um insulto, de tão normal que ela é pro nosso paladar brasileiro. Afinal, trata-se de uma belo refrigerante de limão (nada de estranho nisso), que compete pau a pau com a Sprite nos mercados estrangeiros, e sabe se lá por quê não chegou ao Brasil (correção: houve um pequeno período nos anos 1990 em que ela esteve lá, mas foi esmagada pelas concorrentes). Ela tem menos açúcar e mais gás que a Sprite, sendo mais azedinha que a limonada vendida pela Coca-Cola, mas não bate a gloriosa Soda Antarctica - uma saudade cultivada por este blog aqui em Portugal. Pra quem vier pra Europa nos próximos tempos (alô, temporada de festivais), fica a dica: se você chegar num lugar e não tiver Coca, mas te oferecerem Pepsi, você tem uma opção. Você tem a 7UP. 

Nota: 2,75 bolhinhas de gás

Ranking Pergunte ao Pop de Refrigerantes Bizarros:
1º - Dr Pepper (3)
2º - 7UP (2,75)
3º - Cherry Coke (2,5)
4º - Brisa Maracujá (2)
4º - Vimto (2)
6º - Sumol Ananás (1,75)
7º - Blue Pineapple-Coconut (1,25)
8º - Now Green Herbs (0,5)
9º - Trina Maçã (0)

9 de mai. de 2013

Roteiro de Viagem: Barcelona

Faz mais de um mês que eu fui pra Barcelona, mas mesmo assim algumas coisas da cidade ainda continuam girando na minha cabeça. Muitos amigos também estão se preparando para ir pra lá nas próximas semanas, de maneira que eu resolvi escrever esse pequeno roteirinho com algumas dicas legais de coisas a fazer, comer e visitar pela capital da Catalunha.

8 de mai. de 2013

5 de mai. de 2013

Ó, Pá: Uma Noite na Queima das Fitas de Coimbra

Todos os anos, milhares de estudantes se formam em seus cursos superiores. No Brasil, essa passagem é celebrada com colações de grau, festas de arromba e garotas cheias de maquiagem dançando ao som de escolas de samba (risos), mas aqui em Portugal a coisa é um pouco diferente. Claro que há os jantares e as festas de gala, e toda a parte formal do recebimento dos diplomas, mas além disso, existe a Queima das Fitas, um conjunto de atividades que inclui uma serenata de fado e, nas maiores universidades, uma semana acadêmica recheada de festas e shows musicais. 

Em Coimbra, a mais tradicional das queimas, é comum ver artistas internacionais na programação (em 2012, por exemplo, teve Hives, e no ano anterior, Editors, Marcelo D2 e James), além de grandes nomes portugueses. Em 2013, a festa não começou diferente: no último sábado, a Praça da Canção, às margens do Rio Mondego, viu uma bela exibição daquela que é, pelo menos em termos de público, a maior banda lusitana de sempre: os Xutos e Pontapés. 

Mais ou menos conhecidos no Brasil pelas parcerias com o Titãs (além de tocarem juntos no Rock in Rio 2011, o grupo paulista ainda gravou "Circo de Feras", hit maior dos Xutos, em seu álbum As Dez Mais), Kalú (bateria), Tim (baixo e voz), João Cabeleira (guitarra), Zé Pedro (guitarra) e Gui (saxofone) fizeram um show intenso em Coimbra, contando com forte apoio do público - aquele clássico esquema de "jogo ganho desde o começo.

3 de mai. de 2013

Ó Pá: Algarve (Sagres e Lagos)

Nada de terra à vista!
Se a primeira parte da viagem ao Algarve já tinha me deixado um bocado empolgado com as praias de Portugal, o que veio a seguir com certeza transformou a região em um dos meus lugares favoritos no mundo. Tudo culpa de uma cidadezinha minúscula chamada Sagres e o "fim do mundo".

2 de mai. de 2013

Ó, Pá: Mais Refrigerantes Bizarros

Continuando a nossa busca pelo melhor refrigerante do m... ops, isso a gente sabe que é a Coca-Cola. Repetindo: o Pergunte ao Pop continua hoje sua jornada através do mundo dos refrigerantes bizarros que a gente encontra por aí. Com vocês, a Trina de Maçã, o Blue Coconut-Pineapple e o Vimto. 

Trina de Maçã

Quando eu era criança, minha mãe tinha o costume de comprar Yakult pra mim, vendido por uma senhora que andava por todo o bairro com um carrinho cheio de lactobacilos vivos. O meu gosto pela bebida láctea passou, mas daquela época ficou a lembrança do suco de maçã da marca, que era bem bom. E foi o cheiro de infância que voltou às minhas narinas quando eu abri a latinha da Trina de Maçã. Mais que isso: o primeiro gole me teletransportou pra São Caetano. Epa, tem algo errado aí! Apesar da latinha dizer refrigerante, a Trina de Maçã é um glorioso suco da fruta preferida da Branca de Neve, e nada tem de gás ou açúcar em quantidades imensas. Não se deixe ser trapaceado: como refrigerante, a Trina de Maçã é um ótimo suco. E só. 

Nota: 0 bolhinhas de gás

Blue - Coco e Abacaxi

Imagine o cheiro de uma bala de coco embalada por suco de abacaxi. Conseguiu? É essa a primeira sensação quando o Blue chega ao copo. O aroma da bebida, entretanto, engana no primeiro gole: apesar de parecer extremamente doce no olfato, o Blue não chega tão açucarado assim na boca, graças a um toque de abacaxi e muito gás que a bebida contém. Na verdade, é tanto gás de uma vez só que o refri até faz cócegas na garganta e fica um pouco amargo, lembrando um pouco o fundo da água com gás, gerando uma constante briga entre cheiro e paladar que não chega a se resolver. O sabor exótico da bebida tem uma explicação: trata-se de um refrigerante angolano, lançado em 2005, e exportado para Portugal e uma meia dúzia de países africanos. 

Nota: 1,25 bolhinhas de gás

Vimto

Não, não, eu juro que o nome não está errado. Não é nem vinho nem vinto, é Vimto mesmo. Trata-se de uma abreviação de Vim Tonic, uma bebida criada em 1908 na Inglaterra, primeiro vendida como saudável e depois transformada em refrigerante baseado em frutas vermelhas. Ao abrir a latinha, a lembrança da groselha Milani (aquela que deixa a boca toda vermelha) é imediata. E sim, o Vimto está para a groselha com água com gás assim como a Brisa de Maracujá está para o Suco Maguary com água com gás - entretanto, com menos açúcar e mais bolhinhas do que a mistura feita em casa, o que lhe dá ligeira vantagem. É uma bebida perfeita para quem é fã de refrigerantes característicos pelo sabor doce mesmo quando muito gelados, como a Fanta Uva. Bacaninha. 

Nota: 2 bolhinhas de gás

Ranking Pergunte ao Pop de Refrigerantes Bizarros:
1º - Cherry Coke (2,5)
2º - Brisa Maracujá (2)
2º - Vimto (2)
4º - Sumol Ananás (1,75)
5º - Blue Pineapple-Coconut (1,25)
6º - Trina Maçã (0)

1 de mai. de 2013

Aqui é Trabalho, Amigo!

Este post tem o selo Muricy Ramalho de aprovação!
Ah, as playlists sobre datas comemorativas do Pergunte ao Pop! Elas estão de volta hoje para celebrar o feriado que é um paradoxo: no Dia do Trabalho, ninguém trabalha de fato. Esse é um fato que deve incomodar muito o nosso querido Muricy Ramalho, o homem do "aqui é trabalho, amigo!". 

Como o Pergunte ao Pop não brinca em serviço, entretanto, resolvemos deixar a folga de lado e forjar uma seleção redondinha para vocês de músicas sobre... trabalho! Para isso, escalamos um time de primeira categoria: Elvis Costello, Chico Buarque, Ben Folds, Bruce Springsteen e Lou Reed, entre outros. O craque do time, como não poderia deixar de ser, é John Lennon e a sua "Working Class Hero". Bora ouvir?

Aqui é Trabalho, Amigo! by Bruno Capelas on Grooveshark