31 de ago. de 2012

André Mendes, O Terno

André Mendes - Enfim Terra Firme - 2012

Devia ser difícil ser roqueiro na Salvador dos anos 90, dominada por ACM e pela axé music. Mas esses obstáculos não impediram André Mendes de fazer riffs inspirados com a sua banda, a Maria Bacana – dona de uma das músicas mais legais da década, “Repeat Please”. Depois do término da Maria Bacana, Mendes passou um tempo inativo, até ressurgir em 2010 com um belo disco, “Bem Vindo à Navegação”. “Enfim Terra Firme”, seu mais novo trabalho, segue a linha da estreia, com guitarras ensolaradas e letras sentimentais que ganham força com a voz sincera de André. É o que acontece, por exemplo, nas boas baladas “Breve e Leve” e “Tão Sós” (que lembram bastante a Legião Urbana de “As Quatro Estações”), ou de “A cidade que eu digo não”, na qual o cantor deixa claro que não se sente confortável dentro de Salvador. Vale ainda destacar o resgate de uma boa canção da Maria Bacana, “Fome”, e seu refrão pungente: “me conte quantas vezes você já se sentiu só?”. Para ouvir, se aquecer e abrir um sorriso.

Nota: 7,5

O Terno - 66 - 2012

“66”, disco de estreia do trio paulistano O Terno, foi lançado num show no Auditório Ibirapuera no mês de junho com certo frisson. Duas são as causas de certo alvoroço em torno da banda, formada por Tim Bernardes (voz e guitarra), Guilherme “Peixe” (baixo) e Victor Chaves (bateria). A primeira é a faixa-título, que cita Roberto Carlos e dodecafonia para falar sobre a dificuldade de se fazer música inovadora hoje em dia – repare no órgão Hammond tocado por Marcelo Jeneci, que também aparece na bem-humorada “Zé, Assassino Compulsivo”. A outra é Maurício Pereira, dos Mulheres Negras. Pai de Tim, ele oferece ao filho cinco de suas composições, entre elas as boas (embora um tanto quanto paulistas demais) “Modão de Pinheiros” e “Quem é Quem”. Ainda que cercado por cacoetes sessentistas e perpassado por certo vício em temas como a morte e o pessimismo, “66” é um trabalho bacana, de uma banda que merece atenção em próximas temporadas.

Nota: 6,5


(Publicado originalmente no Scream & Yell)

28 de ago. de 2012

5 Colaborações que Zeraram a Música Pop

No sábado, procurando uma versão legal de "Man on the Moon" para postar no Facebook em homenagem à morte do Neil Armstrong, me deparei com essa versão aqui, do Bruce Springsteen tocando com o R.E.M.  E foi o ponto de partida para este post rápido, que procura juntar vídeos onde a música pop foi LITERALMENTE zerada, como um jogo de videogame que não tem mais tarefas para serem cumpridas. Espero que vocês gostem. 



Bruce Springsteen & R.E.M. - "Man on the Moon"

26 de ago. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: Lanchonete D'Sampa

Na semana passada, esta seção do blog recebeu um comentário bastante curioso do Raphael Carneiro, e que me deixou bastante instigado: teria o Melhor Hambúrguer da Cidade deixado suas raízes de lado e virado coxinha?

"Bruno, estou acompanhando a sua busca pelo melhor hamburguer da cidade, mas acho que está na hora de você deixar de lado esses lugares frescos e experimentar lanches realmente épicos, feitos por pessoas que não tem a intenção de "reimaginar" o clássico pão-carne-queijo-extra bacon (btw, essas contínuas tentativas de reinventar a roda já estão dando no saco)." 

Pode parecer contraditório, mas nossa jornada em busca do Melhor Hambúrguer da Cidade dá uma guinada em direção à tosquice pé-sujo justamente no bairro mais mala de São Paulo: o Brooklyn, onde agora trabalho. Levantei a bola no Twitter semana passada, logo após falar do The Rockets: existiria um bom hambúrguer na Coxinholândia?

E o Renato Moikano sugeriu de prima a Lanchonete D'Sampa, onde compareci quinta-feira com o Mac, uma casa que fica escondida em uma esquina de azulejos brancos na rua Arizona - nome propício aos dias bastante secos que estão rolando em São Paulo.

Chegando lá, pedi um X-Bacon Maionese - o lanche oficial para saber se um burguer é bom, porque tem os cinco ingredientes essenciais, como expliquei ao Mac (que embarcou num X-Bacon Salada) durante a longa demora dos garçons em nos atender.

Logo na primeira mordida, já dá para sentir forte o gosto de chapa suja onde tudo foi feito. Essa gordura a mais dá um toque de unidade ao lanche, muito bem azeitado com uma carne legal, bastante queijo (bem derretido, Aê!) e uma bela maionese, muito bem temperada e cheia de salsinha, como a gente gosta (no melhor padrão Hamburguinho da Iguatemi). O bacon, por sua vez, via em fatias, e não era tão bom, não fazendo tanta diferença no lanche - por outro lado, merece seu valor por ajudar no gosto de gordura maravilhoso. (Avisamos aqui: o MHC não tem nenhuma preocupação com a sua saúde, e adora coisas muito calóricas. Não espere um sanduíche de atum com maionese e salpicão). 

Pela bagatela de R$ 16,20 (surpreendentemente, também um dos lanches mais baratos do MHC até agora, precisamos corrigir isso), o X-Bacon Maionese da Dissa assume o topo da lista. Por pouco tempo? Cenas dos próximos capítulos nesse mesmo bat-canal, todo domingo.


Nota: 4 fatias de bacon

Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress):

1 - X-Bacon Maionese, Lanchonete D'Sampa - Brooklyn
2 - X-Bacon Maionese, Rock & Burger - Galeria do Rock (3,5)
3 - X-Bacon Maionese, The Fifties - Itaim (3)
4 - Barbecue Burger, America - São Caetano (2,5)
4 - Maracanã Burguer, Cervejaria Nacional - Pinheiros (2,5)
6 - Gran Burger BBQ, General Prime Burger - Itaim (2)
7 - #1, The Rockets - Jardim Paulista (1,5)

Fotos: 1 e 2 por Bruno Capelas, 3 por Marcelo Costa. 

23 de ago. de 2012

No iG Jovem: (fdp), nova série da HBO


Juarez é sempre o ladrão, sua mãe vive de orelha quente e dificilmente um dia verá a torcida gritando seu nome a plenos pulmões. Mas desta vez quem dá bola é ele: em “(fdp)” , nova série da HBO feita no Brasil em parceria com a produtora Prodigo Films , um juiz de futebol vira protagonista da história e pela primeira vez terá a chance de virar estrela, dentro e fora dos gramados. Com estreia marcada para este domingo (26), às 20h30, “(fdp)” faz parte da nova safra de produções nacionais, após a criação de leis que obrigam canais por assinatura a exibir uma cota mínima de atrações feitas no Brasil. A primeira temporada do programa terá 13 episódios de 26 minutos cada.

Escrevi para o iG Jovem sobre a nova série brasileira da HBO, "(fdp)", que fala sobre um juiz de futebol (como espero que os leitores tenham percebido pelo parágrafo acima). Com participações de Rivelino, Neymar e do jornalista Juca Kfouri, além de uma série de gags que só os fanáticos pela bola vão sacar, a série promete bastante a se julgar pelos dois primeiros episódios - embora sofra um pouco do problema que se é filmar cenas de futebol, um esporte muito plástico, mas pouquíssimo coreografado. O resto da matéria vocês conferem lá no iG Jovem

21 de ago. de 2012

Embarque nessse Carrossel...

No fim de junho, escrevi (junto com o Leandro Carabet) para um jornal da faculdade, o Claro!, uma matéria sobre o revival dos anos 90 que começa a rolar em várias áreas da cultura. Acho que vale dividi-la com vocês. 


Se você leu as duas últimas páginas com saudade [a página anterior, no caso, era um infográfico cheio de memorabilia dos anos 90] e queria que aquelas coisas legais dos anos 90 voltassem, pode ficar tranquilo, pois alguns dos seus desejos foram realizados. Calma, calma, nós não pegamos uma máquina do tempo de volta a 1991. O que acontece, na verdade, é que hoje se pode ver, em alguns setores da cultura nacional (e internacional), algo que parece um retorno a vinte anos atrás.

O sertanejo, gênero que fez muito sucesso naquela década com Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé di Camargo & Luciano, hoje está mais forte do que nunca. Na televisão, o SBT investe num remake de “Carrossel” e obtém bons índices de audiência. E na noite paulistana começam a pipocar festas que têm como ideal relembrar os bons tempos dos anos 90 - seja tocando lados B do grunge e do britpop ou fazendo todo mundo dançar na boquinha da garrafa.

19 de ago. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: The Rockets


Logo que entrei no The Rockets, acompanhado do Vinícius Battistini e do André Bina, senti que Marty McFly iria aparecer a qualquer minuto, tentando me pedir ajuda para reunir seus pais no baile do Encanto Submarino. Calma, eu explico: a lanchonete, localizada na Alameda Lorena, 2090, tem ambientação anos 50, com direito a jukeboxes, cadeiras em esfotado vermelho e garçons de camisa listrada e gravata borboleta. 

De saída, pedimos uma porção de batatas fritas, bastante regular (mas acompanhada por maionese Hellman's (o que conta negativamente), catchup Heinz e um interessante molho de mostarda) e um trio de bebidas pouco usual: fui de Lemonade (que como diria o Google Tradutor, é apenas uma simples limonada), enquanto meus companheiros resolveram investir nas Coca-Colas flavorizadas. 

Vini tomou uma de baunilha, enquanto o Bina foi numa de morango - as duas bem dispensáveis. Era como se um produtor maluco tentasse colocar um quarteto de cordas e um oboé numa canção punk-perfeita dos Ramones - tinha que dar errado. Para o hambúrguer, em homenagem ao Big Star (paixão musical mais recente do Vini, incutida nele por mim), resolvi pedir o lanche #1 (que é quase o nome bastante original do primeiro disco dos caras, #1 Record): 150g de carne, queijo cheddar, alface, cebola e o molho da casa (bastante próximo do rosé), valendo R$ 31,70. Junto com o lanche, o garçom trouxe garfo e faca.

Foi quando eu temi pelo pior: poucas coisas são piores para um bom hambúrguer que comer com talheres. Até tentei comê-lo com as mãos, mas não dava: o lanche se despedaçava no prato, com pedaços de carne caindo para um lado, alface do outro, e molho da casa lambuzando tudo que estivesse por perto. Mais uma vez, em algo que começa a cansar esse intrépido glutão em suas rotas por São Paulo, dava para ser percebida a boa procedência dos ingredientes (era o que se esperava em um lanche que custa  tanto). Mas, além da montagem mal executada, uma carne sem sal e a onipresência do molho da casa dominando o gosto do sanduíche contaram contra, transformando o #1 no último colocado do Melhor Hambúrguer da Cidade até agora. 

Nota: 1,5 fatias de bacon

Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress):

1 - X-Bacon Maionese, Rock & Burger - Galeria do Rock (3,5)
2 - X-Bacon Maionese, The Fifties - Itaim (3)
3 - Barbecue Burger, America - São Caetano (2,5)
3 - Maracanã Burguer, Cervejaria Nacional - Pinheiros (2,5)
5 - Gran Burger BBQ, General Prime Burger - Itaim (2)
6 - #1, The Rockets - Jardim Paulista (1,5)

16 de ago. de 2012

O Deus da Carnificina, de Roman Polanski

Em sua Poética, o filósofo Aristóteles procura definir, de alguma maneira, os modos de histórias que poderiam ser contadas pelo teatro. Se, por um lado, a tragédia é definida como uma história que mostra o homem de maneira idealizada; pelo outro, a comédia é uma narrativa que exibe os seres humanos de maneira caricaturizada, no que eles têm (normalmente) de pior.

Ainda que Hollywood tenha contribuído muito para alterar essa definição (comédia é para rir!), alguns filmes podem ser classificados da maneira aristotélica sem precisar de muitas concessões. É o caso, por exemplo, do mais recente trabalho do diretor Roman Polanski, O Deus da Carnificina, capaz de oferecer a seus espectadores dores no estômago e lágrimas nos olhos sem deixar os neurônios de lado.

Ácido até a última gota, O Deus da Carnificina parte de uma premissa simples. Em um parque do Brooklyn, dois garotos de 11 anos, Zachary Cowan e Ethan Longstreet, discutem entre si, para tentar resolver um problema que não é mostrado pela tela. O problema entre os dois não se resolve, e Zachary acaba atingindo o rosto de Ethan com um bastão de madeira. Na cena seguinte, veem-se os pais dos dois pré-adolescentes juntos em um apartamento para conversar e tentar chegar a um acordo que seus filhos não foram capazes de fazer. 

14 de ago. de 2012

Entrevista S&Y: Mauro Motoki, do Ludov


No fim de junho, em meio a entregas de trabalhos finais e preparativos para as férias, entrevistei o Mauro Motoki, guitarrista do Ludov, durante duas horas em um café bacana nos Jardins, em São Paulo. Conversamos sobre os dez anos da banda, onde Mauro toca junto com o Habacuque Lima, o Paulo Chapolin e a Vanessa Krongold, seu trabalho como produtor no estúdio 12 Dólares e o disco solo que ele lançou no ano passado - e passou batido por muita gente, inclusive por este que vos escreve -, "Bom Retiro". 

Fiquei bastante feliz com o resultado - deu para falar do Maybees, da influência dos Los Hermanos sobre a geração do Ludov, do "não-sucesso" que o Ludov teve lá para 2005, 2006 e de outras coisas bem legais. Está a fim de ler? Respira fundo (juro, vale a pena) e confere lá no Scream & Yell.  

foto por Michelle Sanches

12 de ago. de 2012

Melhor Hambúrguer da Cidade: Rock & Burger (Galeria do Rock)

A Galeria do Rock sempre foi um dos meus locais preferidos de São Paulo - para comprar CDs e camisetas, ou simplesmente passar uma tarde conversando com os amigos e falando bobagem. Mas me parecia bastante improvável que eu pudesse ir até à Rua 24 de Maio só para comer um bom hambúrguer. Isso até ontem, quando, acompanhando o Marcelo Costa no seu roteiro pelo centro de São Paulo, demos uma parada na lanchonete da Galeria para provar o - segundo o Mac - recomendado lanche de lá.

Chamado de Rock & Burger (em um dos nomes mais originais da história desde, sei lá, chamar o primeiro disco de uma banda com o nome dessa banda), o local é um box pequeno e apertado. Comemos de pé no balcão, esperando enquanto a selemano tinha seu dia de México, "perdendo como sempre". O Mac foi de X-Bacon Salada, enquanto ataquei um X-Bacon Maionese (R$12,00), acompanhado de uma Coca.

 Existem dois tipos de hambúruger: os punks (que resolvem tudo o que precisam com três ou quatro ingredientes e duração curta, mas podem pecar pela tosquice exagerada) e os progressivos (megalomaníacos, cheios de coisa e de tamanho exagerado, mas que de vez em nunca funcionam). Indo por esse tipo de classificação bisonha, o lanche da Galeria não faria nada feio ao lado de Joe Strummer ou Johnny Rotten.

O pão e a carne são bastante regulares (o que é uma pena), mas o mesmo não se pode dizer da maionese. Bem temperada, e com bastante salsinha, lembrou bastante a maionese de uma dos melhores lugares de SP, o Hamburguinho, no Itaim, que deve pintar por aqui em breve.

Mas o London Calling do X-Bacon Maionese da Galeria é o bacon: no ponto certo entre o frito e o tostado, cortado em fatias, como num café da manhã americano, ele é quem se sobressai no resultado final, sendo o ponto alto do sanduíche. Pelo custo benefício, e pela improbabilidade da ideia, o Rock & Burger assume o topo das paradas de sucesso do Melhor Hambúrguer da Cidade.

Nota: 3,5 fatias de bacon

Ranking MHC Pergunte ao Pop (work in progress):

1 - X-Bacon Maionese, Rock & Burger - Galeria do Rock (3,5)

9 de ago. de 2012

channel ORANGE

Colaboração da querida Andressa Monteiro para o Pergunte ao Pop sobre um dos melhores discos do ano. 

O cantor e compositor Frank Ocean, de 24 anos, faz parte de um time de artistas que estão caracterizando e moldando a nova cara do hip-hop. O alvoroço é tanto que alguns já classificam o gênero musical como o “novo rock”.  Porém, o pouco tempo de estrada não os impedem de viver grandes experiências transformadas em melodias e letras de produção sagaz, inteligente e original. 

Essa nova turma que conta com nomes como The Weeknd, A$AP Rocky ou Azealia Banks – citando ainda alguns de seus “irmãos mais velhos” ou “padrinhos”, como Drake, Kanye West e Jay-Z -, utilizam elementos novos e refrescantes, sem perderem a influência e similaridade de músicos consagrados durantes décadas, ou se preferir mestres; entre eles estão Stevie Wonder, Prince, Marvin Gaye e Sam Cooke. 

7 de ago. de 2012

70 anos de Caetano: Transa

Exilado em Londres em 1972, Caetano Veloso fez um disco ímpar na sua discografia e na música brasileira: Transa. Marcado pelo tema da saudade e do estranhamento em terras distantes, o cantor faz diversas pontes entre o lá e o cá, entre o clássico e o popular, entre as duas línguas em que se dividia sua vida naquele momento. Além disso, trata-se de uma obra onde as pesquisas musicais do tropicalismo atingiram talvez seu melhor resultado.

No disco anterior, Caetano Veloso, do ano anterior, alguns desses temas já apareciam, especialmente na pungente versão de "Asa Branca" e na clássica "London London" (depois regravada com sucesso, entretanto destacada de seu contexto original, pelo RPM em seu multiplatinado "Rádio Pirata ao Vivo"). Entretanto, o que era apenas implícito no disco antecedente, aqui fica totalmente à mostra.

3 de ago. de 2012

Golaço do Pato Fu em SP


Escrevi sobre a série de shows que o Pato Fu está fazendo no SESC Belenzinho, tocando o repertório do disco Gol de Quem?. Saiu lá no Scream&Yell - para quem quiser, os shows ainda rolam hoje e amanhã, e vale a pena ir até a zona leste para tentar arranjar um ingresso de última hora. Para quem não reparou, esta apresentação ocupa o primeiro lugar nos shows nacionais de 2012. O negócio é sério. 

"Comemorando 20 anos de idade, o Pato Fu tocou numa noite de sábado de julho (28) no SESC Belenzinho um repertório especial. No lugar dos sucessos e trabalhos recentes, os mineiros recuperaram o álbum “Gol de Quem?” (e outros deliciosos lados-B), dentro do projeto ‘Álbum’ da casa paulistana. (Em outras ocasiões, a iniciativa do SESC fez os Titãs lembrarem “Cabeça Dinossauro”; e os Paralamas do Sucesso, “Selvagem?”). Se a princípio a escolha pode parecer estranha – o disco, lançado em 1995, não é lá exatamente fácil para ouvintes incautos e gente que conhece o Pato Fu pelas músicas que tocaram nas novelas – ela fez todo o sentido assim que o grupo subiu ao palco para tocar, na sequência original, as catorze faixas do álbum que, graças a um grande single, tornou a banda conhecida em todo o país..."

Continua lá no S&Y!