26 de jun. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Lanchonete da Cidade

Em qualquer discussão sobre hambúrgueres paulistanos que se preze, é difícil passar incólume pela Lanchonete da Cidade. Criada em 2004 (e hoje transformada em franquia com diversas filiais pela capital paulista), a hamburgueria da Cia. Tradicional de Comércio (dona de bares como o Astor e o Pirajá) pode ser considerada uma das precursoras da onda que transformou a junção de pão, carne e queijo em algo além de uma comida rápida para o paulistano. O que é, ao mesmo tempo, algo bom e ruim -- o respeito ao passado e a escolha por bons ingredientes contam a favor da casa, mas tudo tem seu preço. 

9 de jun. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Brewdog Bar

"We found love in a hopless place" pode ser apenas um refrão bacana da Rihanna cantado por muita gente em baladas por aí de forma errada, mas também foi a primeira coisa que eu pensei ao experimentar o hambúrguer do bar da Brewdog, em São Paulo, na última semana. É aquela coisa: depois de muitas experiências erradas no que diz respeito a hambúrgueres em bares transados, achei que não ia dar certo dessa vez - mas deu. E muito. Mas vamos com calma. 

Aberto no começo de 2014 em São Paulo, o bar da Brewdog (também chamado de... Brewdog Bar) traz para a capital paulista o ideal de "cerveja artesanal para pessoas comuns" tão celebrado pela cervejaria escocesa, dona de alguns dos mais provocantes rótulos de cerveja lançados nos últimos anos. É o caso da Punk IPA e da Hardcore IPA, duas das cervejas que experimentei em versão "de barril" quando estive lá no último domingo (7), para comemorar meu aniversário de namoro (óun) de 1 ano e 2 meses. E confesso que fui mais atraído pelas boas cervejas do que pelos eventuais petiscos que o bar - localizado em Pinheiros, do lado Instituto Tomie Othake - demonstrava ter. 

21 de mai. de 2015

B.B. King e Castanhas do Pará - Confraria S&Y #22

A Polícia Federal permanece incapaz de prender eu, Tiago Trigo, Tiago Agostini, Marco Tomazzoni, Renato Moikano e Marcelo Costa por operação de quadrilha, então a gente continua fazendo podcasts. E eu gosto muito de castanha do pará -- de maneira que é assim que é movido o Podcast Confraria S&Y #22, ao som do finado B.B. King e discutindo os hábitos de consumo de música nos dias de hoje. De quebra, dei duas dicas bacaninhas pra você leitor que é um cara esperto e com tempo: o jogo Chroma Squad e o livro Funny Girl, do grande Nick Hornby.

19 de mai. de 2015

Um papo com Sidney Gusman sobre a Graphic MSP

Desde 2012, sou fã incondicional da Graphic MSP. O nome pode parecer estranho, mas é uma das melhores ideias artísticas e de mercado que eu vi no mundo editorial brasileiro nos últimos anos: idealizada por Sidney Gusman, a série pega os personagens da Turma da Mônica (que todos nós crescemos lendo) e coloca-os em uma roupagem moderna e adulta, à moda das graphic novels. 

Nessa semana, chegou ao mercado a primeira edição de 2015, Penadinho - Vida, do casal Paulo Crumbim e Cristina Eiko. Para aproveitar, bati um papo com o Sidney Gusman, em uma entrevista reveladora e divertidíssima, no IGN Brasil. "O Brasil nunca teve um momento criativo tão bom nos quadrinhos quanto hoje", diz o Sidney. "Deixou de ser vergonha o cara dizer que lê quadrinho. A nerdaiada domina o mundo -- e isso é legal". Chega mais. 

15 de mai. de 2015

Catadão de Reviews


Além de ser repórter -- e me divertir bastante assinando matérias de quadrinhos, cinema e games brasileiros --, tenho voltado a praticar a arte das resenhas e dos reviews lá no IGN Brasil. Aqui, um catadão dos últimos textos bacanas que eu tenho escrito por aí. Vamos lá?

  • Chappie, de Neill Blomkamp
    Equilibrando diversão e boas reflexões, o sul-africano Neill Blomkamp faz grande cinema hollywoodiano e nos deixa ansiosos por sua futura versão de Alien.
  • Sid Meier's Starships
    Novo game do mítico criador de Civilization é ótimo para quem quer uma partida descompromissada sem ficar perdido no espaço
  • Battlefield Hardline
    A aposta em uma campanha com cara de seriado de TV e nos novos modos multiplayer resulta em um dos games mais interessantes do ano até agora.
  • Screamride
    O simulador de montanhas russas marca pontos pela jogabilidade variada, mas perde apelo ao ser jogado de novo (e de novo e de novo).
  • Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller
    Ver o novo Mad Max é uma experiência exasperante, como ser colocado em um carro andando a 200 km/h.
  • Para o Que Der e Vier, de Matthew Weiner
    Dirigido e escrito por criador de Mad Men, filme tenta, mas não chega aos pés da história de Don Draper e seus amigos.

12 de mai. de 2015

O Chatô dos Games



Acabou a espera: após quatro anos de desenvolvimento e muitos percalços, Toren está sendo lançado nessa terça-feira (12). Com orçamento de R$ 400 mil, o game da produtora Swordtales, de Porto Alegre, foi a primeira produção nacional a captar recursos através da Lei Rouanet, criada pelo Ministério da Cultura para incentivar a arte brasileira. Com versões para PC e PS4, Toren chega às lojas virtuais por R$ 19,99 e R$ 29,99 na PSN, e espera elevar o nível de qualidade dos games nacionais.

“Queremos ser um exemplo de qualidade e de superação. Ainda dá para contar nos dedos os jogos brasileiros que fazem isso”, diz Alessandro Martinello, diretor criativo da Swordtales, em entrevista ao IGN Brasil. Questionado a respeito da demora do lançamento do game, que já havia sido anunciado em temporadas anteriores, o executivo gaúcho diz que “o tempo que o jogo demorou foi o tempo comum que os jogos indies demoram quando são melhor produzidos”.

Com dinheiro público e quatro anos de desenvolvimento, houve quem chamasse Toren de 'o Chatô dos games'. Mas o game da produtora gaúcha Swordtales finalmente chegou às lojas -- e eu bati um papo bacana com o Alessandro Martinello para o IGN Brasil. Tem ainda também o review do game - que me lembrou a grande canção de Xuxa, "Lua de Cristal". 

11 de mai. de 2015

Os 20 anos do Guia dos Curiosos



Qual foi o primeiro nome do Mickey? Quais são os sete pecados capitais? Quantas bíblias são vendidas por minuto em todo o mundo? Essas informações todas -- e muitas outras -- podem parecer um amontoado de bobagens sem maiores pretensões. No entanto, elas ajudaram a criar um dos maiores best-sellers da história do Brasil, em um livro que juntava curiosidades com textos curtos e uma linguagem engraçada: O Guia dos Curiosos.

Realizei um sonho de infância (mais um) e fui bater um papo com o Marcelo Duarte sobre a série que me fez um cara curioso e cheio de informações chatas para soltar na mesa (da pizza com os pais?) do bar. Vem cá ler o texto inteiro, vem? 

30 de abr. de 2015

Mighty Morphin Brazilian Rangers

Ser dublê talvez seja uma das profissões mais chatas do mundo: afinal, você faz todo o trabalho sujo, e quem ganha o crédito é alguém com um rostinho bonito. Não é de se impressionar, porém, o que acontece com os cinco protagonistas de Chroma Squad, novo jogo da produtora brasiliense Behold: depois de um dia difícil nos trabalho, essa turma de cinco dublês joga tudo para o alto e resolve começar seu próprio seriado de super sentais -- séries de tevê japonesa com heróis coloridos e robôs gigantes.

Filmar as cenas desse novo programa de TV, criar fantasias com massinha de modelar e fita crepe, combater monstros e tentar ganhar algum dinheiro (e fãs) é a tarefa do jogador em Chroma Squad. Após dois anos de desenvolvimento e uma bem-sucedida campanha de crowdfunding no Kickstarter, arrecadando US$ 97 mil, Chroma chega às lojas virtuais (Steam, Humble Store, GOG, Splitplay e Nuuvem) para PC, Mac e Linux nessa quinta-feira (30), compondo uma interessante safra de games brasileiros neste ano de 2015.

Meu jogo brasileiro favorito desse ano até aqui, Chroma Squad é um exemplo a ser seguido pela indústria brasileira de videogames. Para quem quiser saber porque, deixo aqui a entrevista com o pessoal da Behold Studios, e também o meu review do jogo para o IGN. 

28 de abr. de 2015

Não Olhe Pra Trás

"Atenção, chegô Chatuba, hein! Atenção, chegô Chatuba, hein! Vamo esculachá!".

Na cidade que pode se gabar de ter algumas das mesquitas mais famosas do mundo, o time brasileiro da INTZ eSports se inspirava no vigor do funk da cidade fluminense de Mesquita para sentir confiança em seu jogo. Naquela quarta-feira, 22 de abril, os campeões brasileiros de League of Legends tinham três partidas pela frente no International Wild Card Invitational, e precisavam vencer a maioria delas para se manter vivos na competição. A decepção foi geral -- especialmente para quem achava que os brazucas eram favoritos no International Wild Card Invitational (IWCI). Não precisa estranhar a sigla: trata-se de um campeonato de League of Legends em Istambul realizado entre 21 (terça-feira) e 25 de abril (sábado). 

No ritmo do funk, no entanto, a incerteza do time da INTZ não aparecia -- o que se via no ônibus era um grupo de jovens empolgados, digno de qualquer turma de estudantes recém-chegados à universidade. Todos ali estavam fazendo sua primeira viagem para fora do país na vida, e a derrota não passava por suas cabeças, mais ocupadas em trocar mensagens em seus smartphones, fazer piadas de teor levemente sexual ou explicar para os jornalistas presentes como é que a brincadeira de conversar com a imprensa funcionava. "Tem três coisas que a gente não fala publicamente: comer, c* e mulher", explica Gabriel 'tockers' Claumann, um dos principais jogadores do time na competição, enquanto fazia caretas a cada vez que um repórter mostrava uma câmera. Líder por autoafirmação do time, o jungler Gabriel 'Revolta' Henud sintetiza a filosofia do grupo: "Se ligar uma câmera, eu vou de mozão a filho da p*** em apenas um minuto".

Passei uma semana em Istambul em abril acompanhando o time da INTZ eSports, campeões nacionais de League of Legends, durante a disputa do International Wild Card Invitational (IWCI). Além da cobertura do campeonato, que rolou no IGN Brasil, fiz esse texto, um retrato dessa turma de garotos em sua primeira viagem internacional, curtindo vitórias e derrotas. Chega mais -- e não esquece de colocar o Oasis pra tocar. 

8 de abr. de 2015

Zoom!

Uma quadrinista ama (e escreve sobre) um diretor de cinema, que dirige um filme sobre uma modelo brasileira, que nas horas vagas escreve um livro sobre uma quadrinista que escreve... Entre um poema antigo de Drummond e um triângulo perfeito de Escher (aquele das imagens cheias de ilusões de ótica), o filme brasileiro Zoom, previsto para estrear no final de 2015, aposta em uma pegada pop que raramente se vê na produção cinematográfica nacional.

Dirigido pelo estreante Pedro Morelli, o longa-metragem conta com Alison Pill, Gael Garcia Bernal e Mariana Ximenes nos papeis principais, além de participações especiais de Jason Priestley (de Barrados no Baile) e Claudia Ohana. Apesar das presenças estrangeiras e da equipe brasileira, Morelli vê o trabalho como um filme global.

Não vejo a hora de outubro chegar: Zoom, do diretor brasileiro Pedro Morelli, promete estabelecer um novo patamar para o cinema pop nacional. Visitei a O2 Filmes durante o processo de finalização do filme e... mais conto lá no IGN Brasil. 

7 de abr. de 2015

É o Come-Come

Já dá até para ouvir o Galvão Bueno dizendo: “É do Bra-sil-sil-sil!”. Krinkle Krusher, criado pela produtora mineira Ilusis, chega à PS Store nesta terça-feira (7) fazendo história nos games brasileiros, sendo o primeiro jogo nacional lançado para o PlayStation 4 -- e também para PlayStation 3 e para PS Vita. Disponível por US$ 9,99, o game será primeiro disponibilizado nas Américas, e fez parte do programa de incubação da Sony na América Latina.

“Queríamos fazer um game com o tamanho e a expertise da nossa equipe”, diz o CEO da Ilusis, Rodrigo Mamão, que chefia um time de dez pessoas em Belo Horizonte. O IGN Brasil bateu um papo por telefone com Mamão na última semana para falar sobre o lançamento, que levou um ano para ser concluído. “Tentamos trabalhar com personagens interessantes. Foi daí que surgiram os Krinkles, criaturas que comem e destroem tudo que veem pela frente”, explica o executivo.

É uma honra e uma grólia fazer a cobertura de games brasileira em um momento importante como esse -- afinal, não é todo dia que o cenário verde-amarelo conseguiu lançar um jogo para o videogame da geração atual. Pessoal da Ilusis é bacana demais, e foi divertido conversar com eles sobre o bacanudo Krinkle Krusher. 

25 de mar. de 2015

Dois Irmãos (ao quadrado)

Eles podem não ser os gêmeos mais famosos do mundo dos quadrinhos (“Super gêmeos, ativar!”), mas os irmãos paulistanos Gabriel Bá e Fábio Moon estão bem perto disso. Depois de alcançar o sucesso internacional com Daytripper, série limitada de dez volumes lançada em 2010 pela Vertigo, a dupla está de volta às livrarias com um novo projeto. Trata-se de Dois Irmãos, uma adaptação do romance homônimo escrito por Milton Hatoum e lançado em 2010. A graphic novel chega às lojas por R$ 39,90, editado pela Quadrinhos na Cia., selo da Companhia das Letras dedicado aos balõezinhos. 

“É retrato de um Brasil que para muita gente é exótico, com um povo de modo de vida diferente de quem mora em São Paulo, no Rio ou na Bahia”, diz Fábio Moon sobre o livro, em entrevista ao IGN Brasil. Dois Irmãos conta a história dos gêmeos Omar e Yaqub, descendentes de libaneses, e que se odeiam amargamente ao longo da vida. 

Nomes à parte na cena de quadrinhos brasileira, os irmãos Bá e Moon já tinham captado a minha atenção com as boas tiras do 10 Pãezinhos, e mais ainda com o grande Daytripper, lançado pela Vertigo lá fora. Agora, eles voltam com o lindaço Dois Irmãos -- e eu bati um papo com eles para o IGN Brasil. Chega mais. 

23 de mar. de 2015

Cidade das Águas

Uma expedição para conhecer os rios subterrâneos de São Paulo parte da Catedral da Sé rumo a Santo Amaro. Pode ser um roteiro turístico para mochileiros alternativos, mas trata-se de “Cidade das Águas”, HQ escrita por Olavo Rocha (também vocalista e letrista dos Lestics) e desenhada por Guilherme Caldas. Lançada em janeiro de 2015, pela editora HQ Pólen, a graphic novel baseada numa peça de teatro (“Origem-Destino”, da Companhia Auto-Retrato) discute um dos temas mais presentes nas manchetes dos jornais neste ano que corre: água.

“O que a gente quis colocar em discussão no ‘Cidade das Águas’ foi a escolha de um modelo de desenvolvimento de São Paulo e a forma desastrosa como a cidade lida com seus recursos hídricos”, diz Rocha, em entrevista por e-mail ao Scream & Yell.

Parceiro e um dos melhores letristas do país em atividade, Olavo Rocha também faz bonito nos quadrinhos. Bati um papo com ele no começo do ano sobre o Cidade das Águas, HQ que ele lançou em parceria com o Guilherme Caldas. O resultado tá, claro, no Scream & Yell

18 de mar. de 2015

ESPECIAL: As 25 melhores músicas do Led Zeppelin



Toda vez que assisto Alta Fidelidade, sinto que eu e Rob Fleming somos mais do que potenciais amigos. Somos talvez, sangue do mesmo sangue, pela vontade de fazer listas musicais. Uma das minhas favoritas, além de imaginar o festival dos sonhos, é pensar na banda dos sonhos, juntando os melhores instrumentistas e compositores da história em uma só formação. É uma lista que varia de dia para dia, mas invariavelmente, ela acaba se tornando o Led Zeppelin: afinal, quem pode negar que cada um dos quatro de seus membros (Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham) seja um dos maiores mestres de seus respectivos instrumentos? 

Mais do que grandes músicos, porém, os quatro eram capazes de uma energia irradiante em estúdios (graças, em boa parte, à alquimia na mesa de mixagem feita por Page) e nos palcos, sendo uma das melhores definições do que é o rock'n roll. (Não à toa, uma das canções melhor citadas nessa lista leva o nome do gênero). Juntos, eles eram quatro gênios, cada um à sua moda, sendo escrevendo letras sobre elfos e anões ou grandes odes ao amor, construindo arranjos intrincados ou espancando um kit de bateria. 

Aproveitamos a passagem de Robert Plant pelo Brasil, para três shows (24 de março, no Rio de Janeiro; 26 de março em Belo Horizonte e 28 de março no Lollapalooza, em São Paulo) para eleger as melhores canções de sua antiga banda. Mais uma vez, como está se tornando uma tradição no Pergunte ao Pop, recrutei jornalistas, músicos, críticos e amigos para eleger as 25 músicas definitivas do Led Zeppelin. 

Não foi uma tarefa fácil. Mais uma vez, pedi aos votantes que escolhessem suas cinco canções favoritas do autor, em ordem de preferência, acompanhadas de um textinho que justificasse a escolha do primeiro lugar. (Alguns mandaram textinhos para várias colocadas, e alguns foram tão bons que não me contive, e, neste caso específico, abri uma exceção às regras: tinha texto bom para acompanhar? Então tá lá).

A pontuação foi dada em ordem decrescente, com 5 pontos para o primeiro lugar, 4 para o segundo e assim por diante. Como trata-se de uma banda com carreiras solo de diversos integrantes, abri uma exceção e permiti ainda que os votantes pudessem escolher também por músicas das empreitadas solitárias de cada um dos leds. 

Curiosamente, apenas uma canção solo acabou sendo votada. Também, pudera: já é tarefa difícil o suficiente escolher cinco canções do Led Zeppelin. Ao todo 41 canções foram lembradas (confira a planilha completa aqui), de todos os discos do Led Zeppelin. Na contagem geral, o disco sem título (chamado por muitos de Led Zeppelin IV), lançado no final de 1971, acabou sendo o disco mais lembrado: nada menos que sete de suas oito canções foram citadas pelos votantes (apenas "Four Sticks" ficou de fora), e seis delas fazem parte do top 25. Na sequência, ficou Houses of the Holy, com cinco citações, e depois Led Zeppelin II e Led Zeppelin III, com quatro. É deste último ainda, que sai a grande campeã – uma das favoritas da casa, mas, ainda assim, uma surpresa dentre canções manjadas da banda. Vamos a elas?


10 de mar. de 2015

Em Busca dos Pequis Sagrados

"Vamos desvendar os pequis sagrados/Esse é o maior mistério que já vi". Não, não tem nada de errado com o que você leu agora: afinal, essa poderia ser a trilha de abertura para Calango Ball, uma bem humorada releitura dos filmes de Dragon Ball feita por um grupo de humoristas em Campestre do Maranhão (MA), cidade com 13 mil habitantes a mais de 500 km distante da capital São Luís.

Trabalhando juntos desde 2008, a trupe planeja para 2015 o lançamento de seu primeiro longa-metragem inspirado com bastante humor nas aventuras de Goku, Bulma, Gohan e companhia. Calango Ball é uma versão alternativa dos filmes de Dragon Ball com elementos de animes como Naruto e One Piece, além de personagens de X-Men e alguns temas bem regionais.

“No começo, éramos fãs de Dragon Ball, mas como não tem dragão no Brasil, ficamos com o bicho mais parecido que tem com ele, que é o calango”, explica Frank Silva, diretor e idealizador do projeto. 

Tô lá no IGN Brasil comentando sobre essa belezinha da natureza maranhense que é Calango Ball, uma refilmagem bem-humorada de Dragon Ball. Bora lá? 

9 de mar. de 2015

Discografia Comentada: Cássia Eller

Qual é a primeira imagem que vem à sua cabeça quando se fala em Cássia Eller? A mulher que mostra os peitos para 100 mil espectadores cantando “Smells Like Teen Spirit” no Rock in Rio? A garotinha esperando o ônibus da escola de “Malandragem”? A artista de apliques em um quarto de hotel chique no clipe de “O Segundo Sol”? Ou a crooner de voz suave e interpretação romântica de “Non Je Ne Regrette Rien” em seu Acústico MTV?

Dona de voz e personalidade ímpares, Cássia Eller é comumente incluída por muita gente no grupo das principais cantoras da música brasileira das últimas décadas. Sua morte, por um infarto do miocárdio, em dezembro de 2001, frustrou o que poderia ter sido a coroação de uma carreira interessante, cheia de sucessos, mas marcada por discos irregulares, grande sucessos radiofônicos e muitas pérolas escondidas.

É possível dividir a carreira de Cássia Eller em quatro duplas de discos: a fase Vanguarda Paulista (“Cassia Eller” e “O Marginal”), a primeira guinada pop (“Cássia Eller” e “Violões”), o tributo a Cazuza (os dois “Veneno”) e o sucesso sob a batuta de Nando Reis. Em todas elas é possível notar o ecletismo da cantora, sua fixação por algumas figuras tradicionais do rock (Beatles, Cazuza e Legião Urbana, especialmente). Outra questão interessante é a repetição de faixas: muitas de suas músicas aparecem três vezes na discografia (caso de “Malandragem”, “E.C.T.”, “Por Enquanto”, “Nós” ou “1º de Julho”), em versões que costumam não diferir muito – um desperdício, talvez?

Tô lá no Scream & Yell fazendo a minha primeira discografia comentada da vida, embalado pelo clima do documentário Cássia Eller, do diretor Paulo Henrique Fontenelle. "Fera, bicho, anjo, mulher, mãe, filha, irmã, menina, Deus, deusa, meu amor", Cássia Eller tem uma carreira a ser descoberta. Vamos lá? 

5 de mar. de 2015

Confraria S&Y #20 - Oscar e Festivais



Acabo de me sentir como o moleque da base que vira titular no time dos craques: a partir da edição #20, eu (e o grande Renato Moikano) viramos membros oficiais da Confraria Scream & Yell, essa formação de quadrilha em forma de podcast que tem Marcelo Costa, Tiago Agostini, Marco Tomazzoni e Tiago Trigo como fundadores e patronos. 

Na edição de fevereiro (mas gravada em março), falamos sobre Oscar e demos dicas de festivais gringos para o ouvinte, além de receber o grande Cleitinho e falar mal de American Sniper. Vem ouvir, vem?

4 de mar. de 2015

1983 - O Ano dos Videogames no Brasil



1983 foi um ano bom -- ao menos se você era um fã de videogames e morava no Brasil. No mesmo ano em que a primeira geração de consoles sofria sua primeira crise nos EUA -- e a Atari enterrava milhares de cartuchos de E.T. no deserto de Alamogordo --, clássicos como o Atari 2600, o Odyssey, o Intellivision e o Colecovision começavam a ser fabricados e vendidos no país. 

Agora, essa história pode virar filme: o escritor Marcus Garrett e o jornalista Artur Palma lançaram na última semana uma campanha de crowdfunding para financiar a produção do documentário 1983 - O Ano dos Videogames no Brasil.

Uma das minhas primeiras matérias pro IGN Brasil, falando sobre o crowdfunding desse projeto de documentário que quer contar a chegada dos videogames ao País. Vale ler no IGN (e também ajudar os caras)

26 de fev. de 2015

It's Snake!



O dono de uma das vozes mais marcantes do mundo dos games é um homem de poucas palavras. David Hayter, o primeiro dublador de Snake na série Metal Gear Solid, responde à maioria das perguntas de forma rápida e lacônica. Até mesmo para falar sobre como se sentiu ao ser substituído por Kiefer Sutherland em Metal Gear Solid V: Phantom Pain, novo jogo da série previsto para 2015, ele não perde muito tempo. "Fiquei desapontado. Mas eu trabalho em Hollywood. Estou acostumado a ser demitido", disse por telefone ao IGN Brasil. "Já superei". 

Bati um papo com David Hayter - dublador de Metal Gear Solid e roteirista de X-Men e Watchmen - para a estreia do IGN Brasil. Ele também deixou uma mensagem especial para os leitores brasileiros (que você pode ouvir no vídeo acima). Desculpem o mau jeito e o estilo bonecão de Olinda de apresentação. 

24 de fev. de 2015

Aperta o Start


Nasceu hoje - e bem gordinho - a versão brasileira do IGN Brasil. Este que vos fala faz parte da primeira equipe do site, que tem Pablo Miyazawa (Rolling Stone, Nintendo Power, EGM) no comando e Gustavo Petró (do G1 e do Madrugames) na edição, além do grande Marcus Oliveira dividindo a reportagem comigo, e os redatores Matheus de Lucca e Bruna Penilhas. 

Ah: tem também a Flávia Gasi como colunista (em texto e vídeo). :)

(A foto aí do lado é do Rafael Roncato - conhecido também como o cara que tirou a roupa do Laerte)

Juntos, nós temos um objetivo: fazer o Brasil jogar mais. Aperta o start com a gente? 

Um Papo com Jair Naves n'O Resto é Ruído



Um papo com o grande Jair Naves sobre o disco novo dele, crowdfunding, jornalismo musical, o texto do Marco Barbosa sobre a Lupe de Lupe do Vitor Brauer e muita música. Um dos meus podcasts favoritos desde que entrei no Resto é Ruído. Na trilha sonora, tem Sleater Kinney de BG e eu fui com a faixa de abertura do novo do The Decemberists, "The Singer Addresses His Audience".

(Acima, o pôster para o show de lançamento de "Trovões a Me Atingir", disco novo do cara que é uma das melhores coisas da música nesse ano de 2015. O show rola na sexta-feira, 27, no Auditório Ibirapuera. Mais detalhes, aqui)


18 de fev. de 2015

Festival dos Sonhos

Toda vez que eu fico sem um livro pra ler no metrô ou espero um ônibus durante muito tempo, começo a fazer listas mentais. Uma delas é um dos meus jogos pop favoritos, o chamado Festival dos Sonhos, cujas regras principais eu formulei recentemente e gosto de dividir com amigos em plantões de fim de semana. Vamos a elas:

- você tem de programar sete noites de festival
- cada uma das noites terá sete atrações, em palco único, com quatro nomes estrangeiros e três nacionais
- você tem orçamento infinito para montar suas escalações, e até mesmo pode chamar artistas que não estão fazendo turnês.
- além de ter na mão o que Roberto Medina nunca teve, você ainda tem direito à regra Coachella: pagar infinitos milhões de dinheiros para que uma banda que já se separou volte para um show especial no seu festival. (atenção: regra Coachella não significa regra Chico Xavier, de maneira que não dá pra ter os Beatles de volta. Entendido?).

O que segue abaixo é a minha última tentativa de criar esse festival. Particularmente, tento pensar em noites cujos artistas tenham certa coerência lógica ao estarem juntos. Além disso, gosto de usar os nomes nacionais para dar um molho brasileiro às escalações. (E claro, torcer para que os caras se encontrem no camarim e resolvam fazer um número juntos. Já pensou, por exemplo, em ter Paul, Elvis Costello, Noel Gallagher e Tom Petty no mesmo palco?)

Enfim, chega de blá-blá-blá, e vamos à música.

Dia 1:
Neil Young
Wilco
Milton Nascimento & Lô Borges
The Decemberists
Cowboy Junkies
Vanguart
Transmissor

14 de fev. de 2015

Desenha-me um Carneiro?

O Pequeno Príncipe, personagem favorito das misses, foi dar um passeio num boteco da Zona Norte de São Paulo. Um rapaz carente vivia sem crédito no celular para ligar para sua amada. A queixa de um cara conhecido como fracote em seu bairro ao ator Bruce Willis, dizendo que ele era “facinho de matar”. A fauna (humana) existente abaixo do vão livre do Museu de Arte de São Paulo. Esses e muitos outros personagens fazem parte das crônicas presentes em “Tem Muito Disso que Cê Tá Falando”, disco mais recente da banda paulistana (paulistaníssima, diriam alguns) Meia Dúzia de 3 ou 4.

Criada em 2003 por Thiago Melo (violão e voz) e Marcos Mesquita (baixo), dois músicos da banda de apoio do Teatro Mágico que queriam explorar novas canções, o Meia Dúzia de 3 ou 4 canta São Paulo com muita graça. Dá para considera-los como herdeiros de uma linhagem que inclui Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Germano Mathias e a turma da Vanguarda Paulistana, movimento paulista dos anos 1980 que tinha nomes como Grupo Rumo, o Premeditando o Breque, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e o compositor Maurício Pereira, na época em dupla com André Abujamra nos Mulheres Negras.

“A cidade acabou sendo nossa musa natural. É um lugar que engole as pessoas, mas que também rumina, e é preciso saber aproveitar”, diz Thiago Melo. Para ele, a geração que se formou em torno do teatro Lira Paulistana vive um resgate com a internet. “As coisas finalmente estão se encontrando: os roqueiros dos anos 80 estão indo para a TV ou para o Congresso falar merda e quem presta continua aqui fazendo música boa”, explica.

Dona de uma das melhores músicas de 2014, "Maquiavel para Crianças", os paulistanos do Meia Dúzia por 3 ou 4 responderam um monte de perguntas minhas no final do ano passado. O resultado apareceu no Scream & Yell. :)

12 de fev. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: McDonald's

Não. Este texto não é uma pegadinha. 

Nós estamos mesmo discutindo o McDonald's. 

Primeiro, porque foi com a rede do sêo Ronald que muitos brasileiros aprenderam a comer hambúrguer - apesar de já termos falado de casas que fazem bons lanches desde os anos 1950, foi só com a popularização do fast food (impulsionada pelo Mc) que o hambúrguer virou uma comida mainstream no Brasil. Segundo, porque mesmo sendo uma não-referência (alguém lembra da história da carne de minhoca?), muita gente pensa no McDonald's quando hambúrguer vem à mente (especialmente quando a faixa etária aumenta). Terceiro, porque, a recente onda de lanches gourmet tenta, além de incrementar novos ingredientes à receita básica de pão, carne moída e queijo, transformar o hambúrguer em estado-de-arte, se opondo fortemente à linha fordista do Mc. Enfim: chega de blá-blá-blá teórico e bora pro lanche. 

9 de fev. de 2015

O Limbo dos Apps Gringos

Era mais um dia normal na vida de Alice (nome fictício), estudante de Engenharia de Produção na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Ao chegar à faculdade, porém, havia algo estranho: os colegas nos corredores pareciam estar falando dela. Até que um amigo comentou: “Tá rolando uma foto sua fazendo sexo no WhatsApp da turma”. A garota, que nunca tinha tirado fotos assim, sabia que se tratava de uma montagem. Em pouco tempo, a imagem tinha se espalhado pela faculdade, e até professores vieram questioná-la sobre o assunto.

Advogada, a mãe de Alice decidiu entrar com uma ação judicial para tentar descobrir os responsáveis pela fotomontagem, em maio de 2014. No entanto, não bastava apenas ter a reprodução das telas de conversas no WhatsApp. Era preciso descobrir os IPs dos “culpados”.

Para isso, era necessário, através de uma ordem judicial, entrar em contato com o aplicativo de mensagens, que não tem representação legal no Brasil. Não seria fácil: sediada nos EUA, sem escritório no País, a empresa não tem a obrigação de aceitar uma decisão da Justiça brasileira, deixando seus usuários em um limbo jurídico.

Aplicativos “gringos” como WhatsApp, Snapchat e Secret somam muitos usuários no Brasil (estima-se que o primeiro, por exemplo, seja usado por cerca de 45 milhões de brasileiros) oferecendo serviços que envolvem dados privados. No entanto, quando os direitos desses usuários são violados, as decisões da Justiça brasileira não conseguem alcançá-los.

Colaborei para a edição do Link Estadão nessa semana, falando sobre o limbo bizarro em que os brasileiros se encontram quando têm problemas com aplicativos estrangeiros. Ainda tem também uma submatéria sobre problemas com e-commerce. Chega mais. 

8 de fev. de 2015

Thiago Pethit & Lou Reed

Eis aqui um texto bem antigo: foi um dos primeiros que escrevi para o Scream & Yell do Marcelo Costa - e que ainda não estava no arquivo do Pergunte ao Pop. Uma crítica a um show específico de Thiago Pethit cantando a obra de Lou Reed - e que uma oportuna conversa nesta semana me fez relembrar. Apesar da minha crueza como jornalista (risos), ainda gosto bastante dele. Fica como curiosidade.
No último dia 18/01, no Sesc Consolação, em São Paulo, o cantor Thiago Pethit apresentou, dentro da série de shows “Ingressos Esgotados”, um espetáculo baseado nas canções de Lou Reed. A idéia do projeto era proporcionar ao público uma nova chance de assistir ao repertório de artistas internacionais que passaram pela cidade no ano passado, desta vez em releituras de novos artistas – nos dias seguintes, Juliana R cantou Paul McCartney e a banda Moxine mostrou músicas de Beyoncè. Entretanto, mais do que um simples show de covers, a apresentação de Pethit permite uma reflexão sobre a sua própria carreira – há uma diferença razoável entre a arte que ele faz, a que ele pensa fazer, e a do novaiorquino a qual ele interpretava naquela noite.

O lançamento de seu álbum “Berlim, Texas”, em 2010, fez de Pethit um queridinho da mídia paulistana – uma busca rápida por seu nome no Google trará, em sua primeira página, resultados como “Confirmado: cabelo de Thiago Pethit está na moda”. O cantor, em seu site, alega que o disco se trata de uma viagem entre “as noites frias dos cabarés esfumaçados da Alemanha pré-nazista e os dias ensolarados – e regados a uísque cowboy – dos saloons texanos”. No show, o cantor, acompanhado de uma formação que incluía tanto guitarra, baixo e bateria quanto violino, flauta e saxofone, não só cantou grandes clássicos de Lou Reed como também incluiu algumas canções de sua lavra.

6 de fev. de 2015

Entrevista S&Y: Paulo Henrique Fontenelle e "Cássia Eller"

"Muita gente só conhecia a Cássia Eller pelo que via na TV e nos shows, com a imagem da mulher que cospe e mostra os peitos em um show. Quem for ver o filme vai conhecer outra Cássia: amiga, irmã e mãe de família", explica o cineasta Paulo Henrique Fontenelle, que começou a conceber o filme em 2010. 

Segundo ele, a faísca para a realização do documentário foi a ausência de trabalhos sobre a artista. "Estava em casa ouvindo um disco dela e queria saber mais sobre sua história. Tirando uma biografia fora de catálogo, não havia nada: nenhum filme, nenhum documentário", diz Fontenelle, que demorou quatro anos para realizar o projeto, baseado em cerca de 40 entrevistas e com mais de 400 horas de imagens de arquivo. "Cada fita que a gente conseguia encontrar parecia um Santo Graal", brinca.

Não é a primeira vez, porém, que Fontenelle se depara com um biografado de trajetória polêmica e sensível: sua estreia em longas-metragem foi com “Loki”, de 2008, que contava a história do mutante Arnaldo Baptista de forma delicada. Feito em parceria com o Canal Brasil, o filme acabou promovendo uma revitalização da obra de Arnaldo, com novas edições de seus discos e a volta do artista aos palcos. É graças a “Loki” que o cineasta conseguiu a autorização da família de Cássia Eller para fazer seu filme.

“A Eugênia [companheira de Cássia durante 15 anos] tinha uma resistência ao projeto, mas como ela e o Chicão [filho da cantora] tinham gostado do ‘Loki’, eles aceitaram conversar comigo”, conta o diretor. “Ela só me pediu para que mostrasse tudo da Cássia: as drogas, os casos amorosos, mas também o lado família e companheiro”, completa o diretor, que também realizou “Dossiê Jango” em 2013 – uma espécie de filme denúncia sobre as circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart.

Bati um papo com o Paulo Henrique Fontenelle um pouco antes da estreia do "Cássia Eller". A íntegra da conversa está no Scream & Yell, e contém não só perguntas sobre a cantora de "Malandragem", mas também detalhes da carreira do documentarista e de "Loki", seu primeiro longa-metragem, além de um top 5 documentários musicais. 

2 de fev. de 2015

O Resto é Ruído #60 - Pablo Miyazawa

2015 começou cheio de boas novidades: uma delas é a minha volta para O Resto é Ruído, podcast criado pelos amigos Elson Barbosa e Fernando Augusto Lopes, e que conta ainda com Amanda Mont'Alvão e João Vitor Medeiros. Na edição #60, batemos um papo com o grande Pablo Miyazawa, falando sobre games, entretenimento, jornalismo e Rolling Stone, em uma conversa de quase duas horas de duração. Na trilha sonora, escolhi a boa (e grande faixa) "Ou Não", uma parceria da Apanhador Só com a cantora gaúcha Gisele de Santi. Clica aí embaixo pra ouvir. 



27 de jan. de 2015

Pavões, John & Yoko e MTV

Tô lá no Scream & Yell falando de três livros bacaninhas de música: "MTV, Bota Essa Porra Pra Funcionar", um memorial do diretor de programação Zico Góes; uma boa história da relação entre John & Yoko em "John Lennon, Yoko Ono e eu", do jornalista americano Jonathan Cott, da Rolling Stone; e o estudo do André Barcinski sobre a música brasileira dos anos 1970 no ótimo "Pavões Misteriosos". Chega mais.

26 de jan. de 2015

Pop, Girls, Etc #11 - Cidade Grande

Eis aqui a volta da mixtape oficial(TM) do Pergunte ao Pop, a Pop, Girls, Etc. Destaque para as novidades de The Decemberists ("Anti-Summersong") e para grandes canções de 2014, como "Ímã Ralo", "They Want My Soul" e "Ganhar o Dia". Outro ponto alto da mixtape, particularmente, é a parceria entre Elvis Costello & Steve Nieve no bootleg de "Everyday I Write the Book". Chega mais. 

Pop, Girls, Etc #11 - Cidade Grande

Cris Braun - Cidade Grande
Transmissor - Fotografia 3 X 4
The Decemberists - Anti-Summersong
REM - Catapult
Elvis Costello & Steve Nieve - Everyday I Write the Book
Spoon - They Want My Soul
Dinosaur Jr. - Start Choppin'
Diabo na Cruz - Ganhar o Dia
Tedeschi Trucks Band - Midnight in Harlem
Ian Ramil - Ímã Ralo

Para ouvir:


Ouça as outras mixtapes Pop, Girls, Etc.
#01 - Tigres de Papel
#02 - Pelicano
#03 - Be Má Beibe
#04 - Tó-Zé
#05 - Häagen Dazs
#06 - Dê
#07 - Menina
#08 - Lenço Enxuto
#09 - Prezadíssimos Ouvintes
#10 - Que Maravilha

25 de jan. de 2015

Muito Além do Trem das Onze



Na segunda matéria especial sobre São Paulo pro SaraivaConteúdo, falei sobre bandas que cantam e contam a cidade em suas canções - para ninguém ter que lembrar só de "Sampa" e do "Trem das Onze" nessa data tão festiva. Chega mais pra ver :)

24 de jan. de 2015

Luz, Câmera, São Paulo!

SP é uma Festa, previsto para o segundo semestre de 2015
Tida como uma cidade feia e cinza, São Paulo aparece pouco no cinema (ou menos do que deveria, na minha humilde opinião). Mas, aos poucos, isso está mudando. Nessa matéria para o SaraivaConteúdo, falei sobre "SP é uma Festa" e "Que Horas Ela Volta?", dois filmes que têm a cidade como cenário e devem chegar aos cinemas em 2015. 

Também tem um toque de "Não Por Acaso", de "São Paulo S/A" e dos filmes de Fernando Meirelles. (Inclui uma boa conversa com a Vera Egito, que pretendo reproduzir aqui posteriormente, e frases bacanas de Anna Muylaert e Philippe Barcinski). E aí: luz, câmera, São Paulo? 

21 de jan. de 2015

Já Jogou?

Começamos hoje uma seção nova no Que Mario?, o blog de games do Link - para o qual eu continuo escrevendo. A seção chama-se "Já Jogou", e pretende ser um espaço no qual a gente pode dar dicas de games antigões e novos, sem se preocupar muito com grandes análises. Para começar, eu falei de Just Dance 2015 e descrevi minha relação com os jogos de dança. Só não conta pra ninguém, tá? 

"Uma confissão: sempre achei um pouco vergonha alheia ver a galera dançando em público nas feiras de games por aí. Pô, com tanto jogo bacana pra testar, você vai mesmo ficar fazendo coreografias e passinhos, enquanto podia fazer isso na balada? Enfim… até que outro dia desses, caiu na minha mão o novo exemplar da principal série de games de dança dos nossos tempos, Just Dance 2015."

20 de jan. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Holy Burger

"Burgers, aqui me tens de regresso
E suplicante lhe peço, a minha nova inscrição..."

Galhofas e citações ao grande Nelson Gonçalves à parte, devo dizer que estava com saudade de escrever sobre os melhores hambúrgueres da cidade. Confesso ainda que foi difícil encontrar um lanche que merecesse não só pertencer a essa lista, mas também fosse digno de reiniciar as atividades da coluna. Batalhei, mastiguei, suei para pagar alguns lanches ruins por aí, mas finalmente encontrei um que valesse a pena. Ei-lo: o Holy Burger, recém-inaugurado na rua Doutor Cesário Mota, ali naquela região capciosa que alguns chamam de Baixo Consolação, outros chamam de Santa Cecília, Vila Buarque e há até quem se refira como Baixíssimo Higienópolis. Para começar, um aviso: a casa ainda está começando suas operações, e vivendo um intenso período de hype - isso é, aquele diz-que-me-diz que acontece depois que o Estadão, o Guia da Folha e a Vejinha prestam atenção no lanche. Antonio Prata e os meios intelectuais, meio de esquerda entendem isso muito bem.

Melhores do Ano do Scream & Yell

É sempre assim, todo ano, pelo menos desde 2004: existem as listas de fim de ano, e existe a Lista das Listas - a do Scream & Yell, que junta um sem-número de jornalistas, críticos musicais e "gente do meio" para escolher os melhores discos, músicas, shows, filmes e livros do ano. Leio a lista desde 2005 - o primeiro em que li ativamente sobre a cena independente musical brasileira, mas isso é assunto para outra hora - e sou humildemente um dos votantes dela desde 2010, quando a comecei a colaborar com o site do Marcelo Costa. 

Minhas listas pessoais já foram publicadas aqui no Pergunte, mas caso você queira ver meus votos no S&Y, chega mais. Além de mim, mais 113 votantes, de diferentes tipos de imprensa e de todas as regiões do País (além do amigo Pedro Salgado, de Portugal), participaram da brincadeira. É bacana observar listas específicas, ou fazer diversos recortes, para não falar na interpretação de como anda a ~cena~ no Brasil atualmente. Uma curiosidade bacana, por exemplo: dos 25 discos do ano nacionais, 12 foram disponibilizados via download gratuito, enquanto apenas 2 pertencem a uma gravadora major, a Som Livre. 

Apesar de não ter cravado algumas coisas - Pelicano, meu disco favorito do ano, passou longe da lista, por exemplo - gostei bastante do resultado final. Mas chega de blá-blá-blá: vai lá no Scream & Yell e confere essa grande obsessão flemingniana.

PS: A foto que abre este post (e é maravilhosa) é da Liliane Callegari, a melhor fotógrafa de shows do Brasil (e primeira-dama do Scream & Yell). Ela abriu esses dias uma fanpage no Facebook - e, se eu fosse você, não deixava de ir lá curtir. 

18 de jan. de 2015

Um Personal Trainer No Seu Pulso

Saiu hoje no Estadão uma das minhas últimas colaborações com o jornal em 2014: depois de ser estagiário do Link por 1 ano e 4 meses, passo a escrever ocasionalmente (leia-se: de vez em quando, sem data fixa) para o jornal. 

A primeira contribuição como frila - ou melhor, Especial para o Estado - foi na edição desse domingo, em uma matéria que aborda as principais tendências da tecnologia para a área de saúde e bem-estar, com foco nos aparelhos vestíveis. Quem quiser ler até o final, chega mais aqui nesse link. 

14 de jan. de 2015

5 momentos de Lincoln Olivetti



Um dos grandes arranjadores e produtores da música brasileira nos deixou ontem. Lincoln Olivetti - um dos principais responsáveis pela popularização de sintetizadores no País - morreu ontem, aos 60 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Atuante desde os anos 70, Olivetti foi um dos principais responsáveis pelo som que marcou o fim da década de 1970 e o começo dos 1980, com muito groove, balanço e um bocado de amor por instrumentos eletrônicos. Acusado por muitos de "pasteurizador" da canção brasileira, Olivetti parecia ter o toque de Midas. Duvida? Então presta atenção nessas cinco músicas aqui, na qual ele teve diferentes papéis, seja arranjando ou produzindo. Bora?

"Palco", com Gilberto Gil



Melhores 2014: Músicas Internacionais

Cansei de dar adjetivos para 2014 - afinal, que ano... (risos). Ainda assim, foi um ano de bons hits e grandes canções pop - se você esteve neste planeta, não pode não ter escutado "Happy" ao menos umas quinze vezes. Entretanto, o troféu de melhor canção do ano vai para o Spoon, uma das bandas que eu aprendi a gostar nesta temporada. "They Want My Soul" é um grito de liberdade urbano - não, não é um rap rebelde -, mais puxado para lutar contra a rotina do dia a dia. Destaque ainda também para a bela balada "Every Time the Sun Comes Up", da gracinha Sharon Van Etten, e para boas contribuições do mundo pop - o refrão de "Fancy" e "All About That Bass" merecem respeito. Bora? 

1º: "They Want My Soul", Spoon



2º: "Every Time the Sun Comes Up", Sharon Van Etten



3º: "Happy", Pharrell Williams



13 de jan. de 2015

Melhores 2014: Músicas Nacionais

2014 foi um ano aleatório - ao menos para quem gosta de observar bons singles no cenário nacional. Enquanto tivemos uma grande banda de rock se mostrando - O Terno, com boas baladas e referências psicodélicas -, o funk e o axé também produziram refrões de alto índice de pegajosidade: o que dizer do saxofone de "Lepo Lepo", ou dos efeitos infantis de "Picada Fatal"? No top 5, destaque ainda para duas boas letras do universo indie: "Meu Peito é Um Caminhão Desgovernado", um manifesto sobre o rock vindo dos paranaenses do Charme Chulo, e "Maquiavel para Crianças", uma fábula sobre como o Pequeno Príncipe se portaria num boteco de São Paulo. 

1º - "Eu Vou Ter Saudades", O Terno



2º - "Lepo Lepo", Psirico



3º - "Meu Peito é um Caminhão Desgovernado", Charme Chulo


12 de jan. de 2015

Melhores 2014: Discos Internacionais

Já falei que 2014 não foi exatamente um ano em que pude me dedicar por completo a ouvir muitos discos - graças ao trabalho no Estadão e por voltar minhas atenções em horas vagas ao mundo do Castelo Rá-Tim-Bum. Mesmo assim, flemingnianamente, posto aqui minhas listas de discos e músicas favoritos do ano de 2014. Hoje, a lista de discos internacionais. :)


1º: They Want My Soul, Spoon


2º: Are We There, Sharon Van Etten 

3º: My Favorite Faded Fantasy, Damien Rice

8 de jan. de 2015

Melhores 2014: Discos Nacionais

Confesso que 2014 não foi lá exatamente "meu" grande ano para a música. Pode ter sido um ótimo ano, mas foi um dos anos em que menos me dediquei à arte que me fez querer ser jornalista, graças a um primeiro semestre embebido em games e tecnologia, e um segundo semestre voltado ao meu livro. Seja como for, por esporte resolvi fazer minha lista pessoal dessa temporada, porque sou Flemingniano de carteirinha e não nego. Dessa vez, sem textos específicos para cada disco, mas indicando leituras recomendadas para ~ampliar a fronteira do pensamento~. 

Na música nacional, um ano bem interessante, com destaque para a afirmação de uma banda que já prometia bastante em seu primeiro disco e deve dar frutos ainda mais interessantes no futuro (O Terno, cruzamento paulista dos Mutantes com a Lira Paulistana), o ressurgimento pop de Marcelo Camelo depois de dois discos, convenhamos, feitos para gaivotas dormirem, e o retorno à vida cerebral depois do coma induzido do Titãs, com Nheengatu. Mas nenhum desses discos poderia superar Pelicano, delicada suíte instrumental dos mineiros do Constantina, que foi a trilha sonora para todos os momentos de 2014 - das horas de concentração em trabalho ao relaxamento completo antes de dormir. Que venham as próximas listas. :)




2º - O Terno, O Terno


3º - Paraíso da Miragem, Russo Passapusso