25 de nov. de 2013

Os Games Além dos Consoles

Depois de meses de espera, a oitava geração de videogames começa a chegar ao Brasil. O primeiro a desembarcar foi o console da Microsoft, Xbox One, na última sexta-feira, por R$ 2.299. Nesta semana, começam a ser vendidos no País o Wii U, da Nintendo, por R$ 1.899, e o PlayStation 4, por R$ 3.999. Apesar de serem a plataforma mais forte da indústria de games, engana-se quem pensa que o mercado se restringe apenas a essas três grandes marcas.

Nunca houve tantas opções para quem quer jogar. Além dos PCs, que hoje contam com diversas plataformas com distribuição digital de jogos, e dos aplicativos para tablets e smartphones, há portáteis e até um tablet específico para gamers. E esse mercado só tende a crescer. Segundo levantamento da consultoria Newzoo, a indústria de games faturou US$ 66 bilhões em 2012, e pode chegar a até US$ 86 bilhões em 2016.

Hoje a matéria principal do Link é minha, aproveitando a semana de lançamentos dos três consoles da oitava geração de videogames (PS4, Xbox One e Wii U) no Brasil para falar sobre o mercado de games que não tem nada a ver com os consoles. Muitos números, muita gente da indústria falando sobre o que pode acontecer, em uma matéria que deu um baita trabalho, mas tá bonita de ver no papel. Espero que vocês gostem. A edição de hoje também tem uma boa matéria do parceiro Murilo Roncolato falando sobre o esgotamento dos endereços IP (aqueles números que servem pra te identificar e são como um CEP da rede) e a sempre presente coluna do Homem-Objeto Camilo Rocha. 

20 de nov. de 2013

Em Busca de Outro Mundo: Cat Stevens em SP

Já houve um tempo na Terra em que homens queriam o mudar o mundo apenas pela força de suas palavras. Munidos de violões e guitarras, eles não queriam matar fascistas, mas fazer as pessoas pensarem que um mundo mais justo e igual poderia existir. Quarenta anos depois, os tempos mudaram, e as mensagens daquela época não soam mais como outrora - mas isso não significa que reescutá-las seja um exercício em vão. É essa a ideia por trás da segunda apresentação em São Paulo de Yusuf - o nome que Cat Stevens escolheu para sua carreira depois de se converter ao islamismo, no final dos anos 70 - no último domingo, dia 18, no Credicard Hall. 

Com ingressos entre R$ 180 e R$ 950 (inteira) –  e somando o estacionamento de R$ 40, pago pela maior parte dos espectadores naquela noite uma vez que ir de transporte público ao Credicard Hall é uma tarefa hercúlea num domingo à noite -, a apresentação fazia parte da Peace Train Tour, primeira excursão do cantor em dois anos. Na chegada, uma surpresa: como parte dos ingressos mais caros não foram vendidos, houve realocação de lugares, resultando no fechamento de toda a plateia superior do recinto. A maior parte do público, como seria de se esperar, estava localizada entre os 40 e os 65 anos de idade, e se entusiasmou com um começo de show acústico e delicado, no qual um envelhecido e barbudo Yusuf mostrou dois clássicos antigos: “The Wind” e “Where do The Children Play?”.

19 de nov. de 2013

Rapidinhas: Nevilton, Guilherme Arantes

Sacode, Nevilton (Oi Música)

Em 2011, ao lançar seu primeiro trabalho de fôlego após anos percorrendo o país na cena independente, os paranaenses da Nevilton surpreenderam com o pop-rock inteligente no disco “De Verdade”. Duas temporadas depois, Nevilton de Alencar (voz, guitarra e composições), Tiago Lobão (baixo) e Eder Chapolla (bateria) retornam ainda melhores com “Sacode”. Financiado por meio de um edital da Oi e com produção impecável de Carlos Eduardo Miranda e Tomás Magno, o álbum elimina os poucos excessos da estreia e investe em uma sonoridade roqueira, sem deixar a brasilidade e o lirismo de lado. É o caso de “Porcelana”, uma moda de viola com guitarras nervosas e refrão poderoso (”Ouça o queixar dessa insana / vida frágil, porcelana / trincando ao tocar o chão”), da balançada faixa-título, que soa como um Queens of the Stone Age de férias na praia, ou de “Noite Alta”, pop-rock cativante com vocal de inflexão caipira e um olho no despertador, outro na vida boa. Versátil, o trio tem potencial para atrair entusiastas de todas as faixas etárias. O moleque que acabou de comprar a primeira guitarra provavelmente vai se divertir com a ramonística “Bailinho Particular” e perceber que há vida além dos Black Keys com “Crônica”. Por outro lado, o tiozão barrigudo fã de Creedence se emocionará com a fofura de “Friozinho”, e ficará nostálgico com a dançante “Satisfação”, carregada pelo baixo portentoso de Lobão. Seja qual for a sua idade, fica aqui o conselho: desligue o celular, coloque “Sacode” para tocar e deixe a vida soprar no coração.

Preço em média: R$ 29
Nota: 9

Condição Humana (Sobre o Tempo), Guilherme Arantes (Tratore)

Pode parecer mentira, mas já houve um tempo no qual o Brasil brigava com a inflação, a Playboy exibia coelhinhas com pelos pubianos e Guilherme Arantes era rei nas paradas de sucesso. Se, a julgar pelos dois primeiros, 2013 parece ser o ano perfeito para o revival daqueles dias, a terceira condição pode ser satisfeita com a existência de “Condição Humana”, primeiro disco de inéditas de Guilherme em quase uma década. Lançado pelo selo do próprio artista e distribuído pela Tratore, o álbum não deixa de lado o romantismo que fez sua fama. “Tudo que eu só fiz por você” e “Oceano de Amor”, por exemplo, entrariam facilmente na trilha de qualquer novela global. Entretanto, os anos de retiro na Bahia e o esquecimento do mercado deixaram marcas em Guilherme, que volta crítico aos holofotes, tentando entender a velhice (“Olhar Estrangeiro”) e disparando contra aqueles que o abandonaram (“Onde Estava Você”, com a participação de Edgard Scandurra e um coral “indie” do circuito SESC-Baixo Augusta que inclui nomes como Tulipa Ruiz, Thiago Pethit, Tiê, Marcelo Jeneci e Adriano Cintra, entre outros). O melhor momento do disco, porém, é o balanço ingênuo, mas sincero, das mudanças do país nos últimos 30 anos, na boa “Moldura do Quadro Roubado”, com belas guitarras de Luiz Sérgio Carlini. Seja como for, o saldo é positivo: “Condição Humana” pode não ser o comeback que Guilherme Arantes merece, mas é o que ele precisa agora.

Nota: 8
Preço em média: R$ 25 (nacional)

Originalmente publicado no Scream & Yell, em setembro e maio de 2013, respectivamente. 

16 de nov. de 2013

Entrevista S&Y: Paulo Sérgio Valle

A ficha corrida de Paulo Sérgio Valle como compositor chega até a assustar. Afinal, este senhor carioca de 73 anos é o responsável por canções que se tornaram símbolos da música brasileira. Suas letras já foram ouvidas em filmes de Hollywood (com “Summer Samba”, ou melhor… “Samba de Verão”), executadas à exaustão nas rádios AM durante as décadas de 80 e 90 (o que dizer de “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim”, parceria com Herbert Vianna gravada por Ivete Sangalo, “Essa Tal Liberdade”, com o Só Pra Contrariar, e “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó) e até mesmo se tornaram símbolo das festas de fim de ano no país (quem nunca cantou ou sorriu amarelo com “hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou” que atire a primeira pedra).

Completando cinquenta anos de carreira, Paulo Sérgio Valle falou com o Scream & Yell por telefone, contando um pouco mais sobre o ofício de colocar palavras em melodias e transformá-las em uma máquina de dinheiro musical. Os primeiros passos da carreira foram dados em casa, junto com seu irmão Marcos Valle, “quase como uma brincadeira”, como diz o compositor na entrevista abaixo. Graças a uma intervenção do amigo Roberto Menescal, o Tamba Trio viria a gravar “Sonho de Maria” em 1963.

No papo a seguir, o letrista fala um pouco mais sobre a história dessas parcerias, além de opinar a respeito da música brasileira hoje em dia (segundo ele, a culpa da precariedade da canção hoje em dia se deve à má educação no país), direitos autorais (Paulo garante conseguir sobreviver só com royalties, mas sabe-se pertencente a uma elite privilegiada de artistas), a parceria com Herbert Vianna e biografias não autorizadas (cuja polêmica, para ele, foi criada para esconder a discussão em torno do ECAD). Com a palavra, Paulo Sérgio Valle.

Entrevistei o Paulo Sérgio Valle para um trabalho da faculdade (o mesmo que me rendeu a entrevista com o Bernardo Vilhena) e gostei tanto do resultado que mandei a íntegra da conversa para o Marcelo Costa, que a publicou mais uma vez em seu Scream & Yell, que tá bonito com as tirinhas do crítico cultural Bernard Bertrand, a volta do show da Poléxia escrita pela Ana Carla Bermúdez e a gostosa entrevista do Marcelo com o Selton, banda gaúcho-italiana que tem feito a minha cabeça nos últimos tempos.

12 de nov. de 2013

No S&Y: Planeta Terra 2013



A semana que antecedeu o Planeta Terra de 2013 foi chuvosa, fria e cheia de nuvens em São Paulo, como se um mau presságio caísse sobre o evento. Entretanto, o sol que brilhou forte na capital paulista durante o sábado do festival afastou as dúvidas de quem temia problemas com a mudança de local (que, depois de sair do Playcenter em 2011, passou pelo Jockey Clube no ano passado) e de produção (com o comando dividido entre Terra e Time for Fun), dando o tom certo para que o dia começasse bem no Campo de Marte, na zona norte da cidade.

Mais uma vez, tenho o orgulho de estar no Scream & Yell dividindo a cobertura do Planeta Terra 2013 com os amigos Marcelo Costa e Leonardo Vinhas, com um texto meu ilustrado pelas lindas fotos da Liliane Callegari - como essa fã da Lana del Rey que tá me fazendo suspirar há uns dois dias. Na programação do festival, tem espaço pra tudo: do sessentismo d'O Terno ao "punk pra negócios" do Palma Violets, a farofa de Lana, a esquisitice de Beck, o amor Super Bonder do Travis e o arrasador Blur deixando o resultado de lado pra jogar bonito. No saldo geral, o melhor Terra que este escritor viu desde que começou a acompanhar o festival, em 2011, com estrutura suficiente para que o público consiga focar sua atenção no que realmente importa: ouvir boa música ao lado dos amigos e voltar pra casa cantando como se não houvesse amanhã. 



Leia mais: 
Optimus Primavera Sound 2013, por Bruno Capelas
10 impressões sobre o Planeta Terra 2012, por Bruno Capelas
Balanção S&Y do Planeta Terra 2011, por Bruno Capelas, Marcelo Costa, Rodrigo Levino e Murilo Basso
Cultura Inglesa Festival 2012 - Burn This City, por Bruno Capelas
Lollapalooza 2012 - Dia 1 (Sábado) e Dia 2 (Domingo), por Bruno Capelas
Summer Soul Festival 2012, por Bruno Capelas e Renata Arruda
Cultura Inglesa Festival 2011, por Bruno Capelas
Queima das Fitas de Coimbra 2013, por Bruno Capelas
SWU 2010, por Bruno Capelas, João Carlos Saran, Guilherme Bruniera e Tiago Oliveira

11 de nov. de 2013

Tropa de Elite

Um pelotão armado até os dentes tomou de assalto o mercado de games na última semana. Ghosts, o novo episódio da série de jogos de tiro em primeira pessoa Call of Duty, vendeu US$ 1 bilhão nas primeiras 24 horas após seu lançamento, na terça-feira. Os dados são da Activision, responsável pela franquia que insere o jogador dentro de batalhas em guerras contemporâneas.

A contagem considera apenas os jogos vendidos para o varejo, e não para o consumidor final. Mas a marca alcançada por Ghosts (disponível para PlayStation 3, Xbox 360, Wii U, PCs e também para a próxima geração de videogames) pode ser o suficiente para roubar de Grand Theft Auto V o título de game mais rentável no menor tempo possível.

Lançado em setembro, o GTA V faturou US$ 800 milhões em vendas ao consumidor final no primeiro dia, e chegou à marca de US$ 1 bilhão em três dias. Antes disso, o troféu pertencia ao episódio anterior de Call of Duty, Black Ops II, que vendeu US$ 500 milhões para o consumidor final em 24 horas. Com o lançamento de Ghosts, as vendas de todos os jogos da franquia Call of Duty superaram o faturamento de bilheteria de séries do cinema como Harry Potter e Star Wars.

O Link Estadão de hoje tá bonito pra caramba, desculpem a imodéstia. Tem uma matéria bem bacanuda da Ligia Aguilhar sobre o projeto dos celulares customizáveis que a Motorola quer lançar em breve e um perfil meu sobre a franquia de games Call of Duty, que bate recordes e mais recordes de venda (e rendeu chamada na capa do lado do Odair José ♥). O que você leu acima é o começo da matéria, cuja íntegra pode ser conferida aqui. O resto da edição do Link, você lê por aqui

7 de nov. de 2013

Deezer: 'Chegamos Para Ficar'

Bati um papo bem bacana ontem com o Axel Dauchez, CEO global da Deezer, e falamos sobre o futuro dos serviços de streaming de música, a concorrência com o YouTube, comparações com o Netflix e a chegada de novos jogadores desse serviço, como o Napster e o Spotify, ao Brasil. Com 5 milhões de assinantes no mundo hoje, Dauchez mandou a letra: "Nós chegamos para ficar. Agora não tem mais jeito, e o serviço de streaming de música só vai crescer". 

Meu trecho favorito da entrevista é que vem a seguir, mas acho que vocês tem que ir lá no Link e ler tudo o que a gente conversou. Como disse o João Vitor Medeiros (o @indiedadepre), e eu não sou besta de deixar esse elogio passar, "tem que ler para entender o mercado de música hoje". 

"O [serviço de streaming de filmes] Netflix é um caso de sucesso que inspira o Deezer?
Acho que há uma grande diferença entre nós e eles. Na área dos filmes, há menos pirataria, e já existe um serviço de assinatura, que são as TVs pagas. Quando o Netflix inicia seus serviços em um país, o esforço de propaganda é direcionado a conquistar o usuário de uma dessas TVs pagas. Nós, por outro lado, estamos pedindo às pessoas que paguem por uma coisa pela qual elas nunca pagaram antes: música. Nosso processo de conquista de mercado vai ser mais demorado que o deles, mas, a longo prazo, temos uma solução melhor que a deles, porque nosso acervo é mais vasto. No Netflix, se você é fã de filmes de ação, você consegue esgotar o acervo do serviço em seis meses. No Deezer, a música é inesgotável."

5 de nov. de 2013

ESPECIAL: As 20 melhores músicas do Blur

Sim, amigos, é isso mesmo o que vocês estão lendo: este é mais um especial eleitoral do Pergunte ao Pop, que nesta edição aproveita a segunda passagem do Blur pelo Brasil (a primeira foi em 1999, no Credicard Hall), na próxima edição do Planeta Terra Festival, que rola neste sábado, 9, em São Paulo, para escolher suas melhores canções. A gente não quer saber se você acha o Oasis melhor, se era fã dos desenhinhos animados do Gorillaz ou se o The Good, the Bad and the Queen (aham) é que merecia esse lugar. O que importa é desvendar a alma da banda de Damon Albarn & Graham Coxon. 

Mais uma vez, este autor não enfrentou a tarefa sozinho, reunindo 39 votantes para escolher os grandes momentos da banda que, pelo menos nas vendas, venceu a batalha do britpop. Engraçado que muitos votantes relembraram a força da ironia, da zoeira e do jeito moleque de ser do Blur, mas, no fim das contas, as grandes campeãs deste especial foram canções singelas, cheias de amor para dar ou com o coração totalmente partido. É neste equilíbrio, entretanto, que se sustenta a obra (e também o repertório que será escutado neste sábado no Campo de Marte) da banda, que segundo Carlos Eduardo Lima, um dos votantes, "tem o cheiro da Inglaterra". 

Não foram poucos os votantes que lembraram como conheceram a banda, seja através do clipe da caixinha de leite, do jogo de videogame FIFA 98 ou, caso de alguns mais jovens, pelo DVD Parklive, que mostrava o show da banda no dia do encerramento das Olimpíadas de Londres em 2012, em pleno Hyde Park. Eu, particularmente, tive uma relação bastante distanciada do Blur durante muito tempo: amava cantar "Song 2" no Rock Band dos amigos, mas nunca tinha ido além disso - até ir para Portugal e ver que eles seriam os principais headliners do Primavera Sound, um dos festivais que eu havia prometido pra mim mesmo que deveria ver. Passei o primeiro semestre de 2013 escutando a banda compulsivamente, e o que eu vi no Parque da Cidade, no Porto, foi um dos shows pop mais bonitos da vida - daqueles no qual você se pega abraçando um desconhecido, que berra no teu ouvido: "Agora é 'The Universal', meu puto, e eu vou chorar!". Escrevi pro Scream & Yell contando como foi o show - caso vocês queiram ler, tá aqui. 

Mais uma vez, não foi uma tarefa fácil: perdi a conta de quanta gente chorou as pitangas falando que não conseguia colocar só cinco canções numa lista, se lamentando por não conseguir colocar AQUELE hit ou um lado-B esperto. Aliás, uma surpresa; foram poucos os lados-B que entraram nesta lista, sendo o resultado final um verdadeiro caminhão de hits, coisa que poucas bandas hoje em dia podem se orgulhar de exibir ao vivo. 

35 foram as canções do Blur citadas pelo Colégio Eleitoral Pergunte ao Pop (que você conhece no fim desta postagem), em votos que continham, como de hábito, cinco músicas em ordem de preferência e uma singela justificativa sobre a primeira colocada. A pontuação foi dada em ordem decrescente, com 5 pontos para o primeiro lugar, 4 para o segundo e assim por diante. (As justificativas, você pode ler aqui (clique para baixar), e quem quiser auditar esta lista, pode conferir a planilha a seguir). 

Das 35, 21 tiveram mais de um voto, sendo que as duas últimas dividem o 20º lugar, e são elas que você conhece a partir de agora. Para quem quiser escutar as canções enquanto lê a lista (ou se prepara para o Planeta Terra), o Pergunte ao Pop preparou uma playlist especial no Grooveshark, que está linkada no final deste post. Morning glory, but that's a different story: não importa se a sua vista está meio embaçada, o que importa é conhecer (ou reconhecer) as melhores canções do Blur. Woo-hoo.

4 de nov. de 2013

O "Netflix dos Livros" vem aí

"Não é segredo para ninguém que os serviços na nuvem chegaram para ficar. Depois de guardar documentos, ouvir música e assistir a filmes por streaming, sem precisar armazenar o conteúdo no computador, chegou a hora dos livros. É esse o conceito por trás dos serviços oferecidos por empresas como Scribd e Oyster.
    
Chamado de “Netflix dos livros” pela revista Wired, o Scribd lançou seu streaming de livros há cerca de um mês. Por US$ 9 mensais, o usuário ganha acesso ilimitado a um acervo de 40 milhões de títulos, que tem clássicos, publicações independentes, e, recentemente, recebeu o reforço do catálogo de uma editora bastante tradicional nos EUA, a Harper Collins. “Queremos ser parceiros de outras grandes em breve.”, explica Trip Adler, CEO do Scribd, em entrevista ao Link".

Tô na edição dessa segunda-feira do Link fazendo a matéria principal da editoria pela primeira vez (ê, foca!), falando sobre a chegada dos serviços na nuvem ao mundo dos livros, com ideias bem bacanas que podem revolucionar o mercado editorial. Além da matéria principal, que começa aí em cima, e da sub, que fala sobre bibliotecas digitais e clubes do livro, a edição de hoje ainda tem uma entrevista fodona da Lígia Aguilhar com um dos responsáveis pela cibersegurança do governo Obama, e uma notinha minha sobre Evan Amos, um maluco que quer criar um museu online livre sobre a história dos videogames. Chega mais. 

1 de nov. de 2013

30 One-Hit-Wonders Brasileiros do Século XXI

Você com certeza já viu alguma lista parecida com essa em algum lugar, mas... afinal, este é um texto que quer juntar as pérolas pop (ou pedaços de latão) que grudaram na sua cabeça nos últimos treze anos e foram os únicos sucessos de um artista.

A inspiração partiu de uma conversa no Twitter iniciada pela Ana Clara Matta, editora do Rock'n Beats, que divide comigo a brincadeira (ela cuidou da lista gringa, enquanto eu fico com a parte verde-amarela), cresceu a partir de uma postagem dela no Facebook tentando inventariar a brincadeira toda e acabou virando este especial, que você confere aqui e no Through the Frames, blog pessoal dela. 

Ao contrário do que se esperava, não vamos contar historinhas, nem te fazer lembrar onde foi parar cada uma dessas bandas, muito menos porque elas fizeram sucesso ou não. Contamos com a sua memória - e claro, um pouquinho de vergonha alheia - para que essa lista funcione. Seja qual for sua idade, o melhor está por vir agora, assim que você apertar o play. É uma verdadeira salada, que vai das coletâneas de funk do DJ Marlboro ao pop-rock melacueca das trilhas sonoras de Malhação, passando por resquícios do axé, do reggae e do rap nacional. Parafraseando um dos maiores hits dessa lista, se-se-sente a mixtape que foi feita pra você.

30 One Hit Wonders Brasileiros do Século XXI by Bruno Capelas on Grooveshark