Já faz quase um mês que eu voltei pro Brasil, pro aconchego do lar e pra correria de São Paulo. Olhando para trás, parece que foi há muito mais tempo - alguém disse outro dia que cada mês que a gente vive parece que contém os acontecimentos de uns três anos. Filosofia de boteco, eu sei, mas faz o maior sentido do mundo se eu pensar como foram esses últimos cinco meses longe de casa. Demorei um bocado para tentar escrever sobre "a volta" porque queria esperar as coisas se acalmarem na cabeça, rever os amigos, entregar os presentes de viagem e começar a tocar o barco. Ledo engano - afinal, o mundo não espera a gente chegar e tentar entender o que tá acontecendo. Mãos à obra, então.
Fazer intercâmbio nunca foi exatamente uma das minhas principais metas durante a faculdade. Tudo foi mais uma coincidência de fatores: a criação de um programa de bolsas de estudo na USP voltado só para o assunto, um amigo empolgado, a vontade de parar por seis meses e ver o mundo antes de mergulhar de vez na vida adulta. Olhando com os olhos do hoje, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito.