16 de nov. de 2013

Entrevista S&Y: Paulo Sérgio Valle

A ficha corrida de Paulo Sérgio Valle como compositor chega até a assustar. Afinal, este senhor carioca de 73 anos é o responsável por canções que se tornaram símbolos da música brasileira. Suas letras já foram ouvidas em filmes de Hollywood (com “Summer Samba”, ou melhor… “Samba de Verão”), executadas à exaustão nas rádios AM durante as décadas de 80 e 90 (o que dizer de “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim”, parceria com Herbert Vianna gravada por Ivete Sangalo, “Essa Tal Liberdade”, com o Só Pra Contrariar, e “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó) e até mesmo se tornaram símbolo das festas de fim de ano no país (quem nunca cantou ou sorriu amarelo com “hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou” que atire a primeira pedra).

Completando cinquenta anos de carreira, Paulo Sérgio Valle falou com o Scream & Yell por telefone, contando um pouco mais sobre o ofício de colocar palavras em melodias e transformá-las em uma máquina de dinheiro musical. Os primeiros passos da carreira foram dados em casa, junto com seu irmão Marcos Valle, “quase como uma brincadeira”, como diz o compositor na entrevista abaixo. Graças a uma intervenção do amigo Roberto Menescal, o Tamba Trio viria a gravar “Sonho de Maria” em 1963.

No papo a seguir, o letrista fala um pouco mais sobre a história dessas parcerias, além de opinar a respeito da música brasileira hoje em dia (segundo ele, a culpa da precariedade da canção hoje em dia se deve à má educação no país), direitos autorais (Paulo garante conseguir sobreviver só com royalties, mas sabe-se pertencente a uma elite privilegiada de artistas), a parceria com Herbert Vianna e biografias não autorizadas (cuja polêmica, para ele, foi criada para esconder a discussão em torno do ECAD). Com a palavra, Paulo Sérgio Valle.

Entrevistei o Paulo Sérgio Valle para um trabalho da faculdade (o mesmo que me rendeu a entrevista com o Bernardo Vilhena) e gostei tanto do resultado que mandei a íntegra da conversa para o Marcelo Costa, que a publicou mais uma vez em seu Scream & Yell, que tá bonito com as tirinhas do crítico cultural Bernard Bertrand, a volta do show da Poléxia escrita pela Ana Carla Bermúdez e a gostosa entrevista do Marcelo com o Selton, banda gaúcho-italiana que tem feito a minha cabeça nos últimos tempos.

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