4 de fev. de 2014

Livros no Metrô

Não sei vocês, mas devo dizer que comecei a perder bons minutos dos meus dias nas últimas semanas tentando trocar notas de mais de R$ 10 em trocados - pra comprar café na máquina do trabalho (onde persiste a dúvida, espresso ou longo?), mas também para gastar toda vez que me aparece uma máquina de venda automática de livros no metrô. A ideia é bem simples: cada máquina tem entre 10 e 20 opções de livros (às vezes repetidos, e às vezes inclui revistas e até cartões de crédito pré-pagos) e você pode pagar quanto quiser pelos livros a partir de R$ 2.

O leitor pode dizer: ah, mas as edições são horríveis e metade das opções não vale nem a pena ser lida. Tudo bem, concordo contigo - tenho calafrios toda vez que eu vejo as edições bizarras do Manifesto Comunista e do Príncipe que aparecem por ali e ainda mais quando penso como traduções ruins podem afetar a maneira como as pessoas entendem essas obras. Mas confesso que ultimamente tem dado pra garimpar coisas bem bacanas. Quem deu a dica foi o Marcelo Costa, que me deu de presente o Bill Graham Apresenta (que tá na listinha de livros que eu vou devorar nos próximos dias). 

Logo na sequência, topei com outros dois volumes bem bacanas: uma biografia meio chapa-branca da Amy Winehouse e o grande Disparos do Front da Cultura Pop, do Tony Parsons. Toda vez que vejo um troco uma nota de R$ 10 comprando um Halls e pego dois de uma vez para distribuir pros amigos - como se eu fosse Mel Gibson no Teoria da Conspiração. Além disso, essa semana apareceu O Menino, um romance do Edward Bunker que faz parte do catálogo da finada editora Barracuda. Tudo isso só no metrô Barra Funda. Portanto, fique esperto! (E se você souber de outros lugares que não as estações Luz, Paulista e Ana Rosa que tem essas máquinas, me avise!). 

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