9 de jun. de 2015

Melhor Hambúrguer da Cidade: Brewdog Bar

"We found love in a hopless place" pode ser apenas um refrão bacana da Rihanna cantado por muita gente em baladas por aí de forma errada, mas também foi a primeira coisa que eu pensei ao experimentar o hambúrguer do bar da Brewdog, em São Paulo, na última semana. É aquela coisa: depois de muitas experiências erradas no que diz respeito a hambúrgueres em bares transados, achei que não ia dar certo dessa vez - mas deu. E muito. Mas vamos com calma. 

Aberto no começo de 2014 em São Paulo, o bar da Brewdog (também chamado de... Brewdog Bar) traz para a capital paulista o ideal de "cerveja artesanal para pessoas comuns" tão celebrado pela cervejaria escocesa, dona de alguns dos mais provocantes rótulos de cerveja lançados nos últimos anos. É o caso da Punk IPA e da Hardcore IPA, duas das cervejas que experimentei em versão "de barril" quando estive lá no último domingo (7), para comemorar meu aniversário de namoro (óun) de 1 ano e 2 meses. E confesso que fui mais atraído pelas boas cervejas do que pelos eventuais petiscos que o bar - localizado em Pinheiros, do lado Instituto Tomie Othake - demonstrava ter. 

Antes de prosseguir, é preciso dizer uma coisa: se você vai ao Brewdog, pode se preparar para por a mão no bolso: cada half pint (285 ml) da cervejaria não sai por menos de R$ 20. Há rótulos convidados de cervejarias brasileiras e gringas também, mas não se toma um copo por menos de R$ 12 (preço da Bamberg Camila Camila, uma pilsen que homenageia o Nenhum de Nós). Há garrafas à disposição na geladeira do bar, ainda, mas nada que saia dessa margem de preço inicial. Ou seja: para beber, será necessário gastar - transformando o ideal 'punk' da Brewdog em algo quase impraticável em São Paulo. Mas aviso: cada gota vale.

O mesmo não vale para a comida: boas porções e lanches de tamanho interessante seguem a média dos preços praticados em São Paulo, entre R$ 18 e R$ 40. Para começar a noite, eu e a namorada pedimos um trio Tex Mex, que traz três molhos à moda mexicana (sour cream, salsa e guacamole) com o apoio de nachos... brasileiros - ou seja: chips de cará, mandioquinha, batata doce e banana da terra. Foi uma boa pedida pelo custo-benefício (R$ 18), que satisfez o gosto gastronômico da namorada, mas me deixou ainda com fome. 

Olha essa maionese, cara. 
Foi quando pedi o burguer da Brewdog. Aqui não há muito espaço para frescura: há duas opções de "carne" (carne bovina ou pernil, ambos em versão de 200g), três opções de queijo (gouda, mussarela e cheddar) e alguns adicionais, como salada, bacon e cebola puxada na maionese. Apostei no hambúrguer de carne, com adição de queijo gouda e da cebola/maionese, em um lanche que custou R$ 25 -- e deixou a noite ainda mais especial do que já estava. 

 Não que exista muita invenção no lanche da Brewdog -- ele é bem básico, na verdade. Os bons ingredientes, porém, é que fazem a diferença: com o queijo no ponto certo e um pão bem bacaninha, há espaço para que a carne e a maionese brilhem. Ou melhor: que a maionese brilhe. Com forte presença de orégano, e sem a acidez costumeira da maioria das lanchonetes de São Paulo, a maionese chega bem presente no prato (leia-se: ela vai derramar para fora do lanche, e você pode se sentir tranquilo em lambuzar os dedos para prová-la) e é o ponto alto do hambúrguer. 

A carne não chega a ser um coadjuvante de luxo por sua boa presença, mas poderia ter o ponto de sal melhor ressaltado. Ainda assim, é um lanche inesperado em um lugar bacana - seja para curtir com os amigos, ter um rolê de negócios mais descontraído ou comemorar o amor. (Sim, aquela coisa que a gente encontra em lugares inesperados como um bar ou o elevador da firma). Óun. 

Nota: 4 fatias de bacon

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