14 de mar. de 2011

The Strokes, The Pains of Being Pure at Heart

The Strokes - Angles


É difícil dizer o que causa mais frustração a respeito do disco novo dos Strokes, Angles: a demora no lançamento (lá se vão cinco anos desde First Impressions of Earth), a qualidade dos trabalhos solos executados desde então (só pra citar dois: o Nickel Eye de Nikolai Frature merece respeito, e o Little Joy de Fabrizio Moretti fez a alegria da galera), ou a influência new wave oitentista que abrange todo o álbum. "Under Cover of Darkness", o primeiro single, até que valia a pena. Não é o que acontece com os synths mal colocados de "You're So Right" ou a batida tétrica de "Games". Dez anos após o influente Is This It?, os novaiorquinos cometem um disco que é o Kid Abelha dos indies: música ruim e ignorável que no máximo pode embalar jantares sem incomodar.

The Pains of Being Pure at Heart - Belong

A banda com um dos nomes mais bacanas dos últimos tempos continua em seu segundo disco o cruzamento entre a sonoridade noise do Stone Roses e a melancolia feliz - se é que isso é possível - do The Cure, e ainda com um pezinho no lo fi. Quer provas disso? A bateria que conduz "Anne with a E" emula durante toda a música o clássico punch de "Be My Baby"/"Just Like Honey"; o teclado de "My Terrible Friend" passaria muito fácil em qualquer B-side de The Head in the Door e boa parte do climão de "Girl of 1000 Dreams" parece ser culpa do pessoal do Guided By Voices. Vale a escutada.

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