3 de jun. de 2014

A Música na Nuvem

Na Suécia, o fenômeno do download ilegal de música que estourou no início da década passada com serviços como Napster, Kazaa e SoulSeek, foi especialmente forte. O país contou com banda larga de qualidade muito antes que os Estados Unidos, com velocidades como 10 MB já comuns nessa época. “Fui da primeira geração que passou a adolescência na internet”, lembrou em entrevista ao Financial Times, Daniel Ek, fundador do Spotify. “Vi tudo isso dez anos antes de todo mundo”.

Antes de fundar o Spotify em 2008, Ek foi CEO do uTorrent, ferramenta de compartilhamento de arquivos condenada pela indústria. O executivo só tinha 24 anos, mas já acumulava uma longa experiência em negócios, iniciada com uma pequena empresa de design aos 14. Segundo Ek, músico desde a infância, o Spotify surgiu para solucionar uma situação em que “você tinha um produto legal que era pior que o roubado”. Na Suécia, onde música é produto nobre na pauta de exportação, pode-se imaginar a preocupação causada pelo consumo ilegal de música. “Me perturbava que a indústria musical tinha descido pelo ralo, apesar de que pessoas estavam ouvindo mais música do que nunca”, disse Ek à Forbes.

No começo de junho, a chegada do Spotify ao Brasil foi motivo de uma matéria principal da edição impressa do Link, na qual eu tive a honra de fazer uma tabelinha com o Camilo Rocha, meu editor no Estadão. Além da discussão sobre o serviço de streaming, eu e o Camilo ainda falamos com gente bacana da indústria sobre grana, música digital, nuvem e "o oceano horizontal de irrelevância". Lá no Link, além de ler a matéria principal, você pode conferir boas conversas com o Marcelo Jeneci, o produtor Pena Schmidt e a executiva sueca responsável por liderar o serviço aqui no Brasil.

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