Blue Morango Tropical
Ah, esses angolanos e seus sabores malucos de refrigerante! Depois da mistura entre coco e abacaxi, resolvi provar um segundo sabor da marca Blue. Dessa vez: foi o Morango Tropical, uma mistura de mamão, abacaxi, pêssego e morango (dã). Se as cores da latinha são extremamente chamativas e bacanudas (como se Carmem Miranda tivesse se transportado para um cilindro metálico), o resto deixa bastante a desejar. É horrível insistir nessa comparação, mas a verdade é que o Morango Tropical tem cor, aspecto e sabor de Ki-Suco Tutti Frutti misturado com água com gás. Gelado até que desce bem, mas aquele gostinho de essência artificial de morango no final (o mesmo que impede que sorvete napolitano seja uma maravilha 100% maravilhosa) atrapalha tudo.
Nota: 1,75 bolhinhas de gás
Da primeira vez que eu estive na Europa, com quatro anos de idade, eu ainda não era o apaixonado por Coca-Cola que sou hoje, mas sim um bebedor compulsivo (na medida que se pode sê-lo com apenas quatro anos, risos) de Guaraná Antarctica. Os tempos eram outros, e óbvio que não se achava o nosso refrigerante típico em qualquer esquina de Lisboa, de maneira que eu criei para mim um novo vício: a ginger ale, o gingereio, como eu dizia na época. Durante anos ouvi meus pais falando sobre essa bebida, da qual eu não lembrava o gosto, e voltei a tomá-la agora, na garrafa produzida pela Schweppes. Fabricada a partir do gengibre, a bebida foi inicialmente idealizada para ser misturada com bebidas alcóolicas, e ter cor semelhante à do champanhe. Logo no primeiro gole, dá para entender porque ela foi uma boa substituta para o guaraná: além de bastante gás, ela é refrescante como a bebida da fruta amazônica. Entretanto, troque o nosso sabor único (ziriguidum, alô!) por um gosto meio azedinho, mas bastante doce, quase como se fosse uma variável exótica da soda limonada. Bacaninha, viu?
Nota: 2,75 bolhas de gás
Coca Cola sem cafeína
Lennon & McCartney. Pelé e Coutinho. Jagger e Richards. Café com pastel de nata. Existem algumas duplas que são indissociáveis, e, quando separadas, nunca produzem tão bem quanto juntas. Pior: algumas delas parecem quase uma contradição sozinhas. É o caso da Coca-Cola sem Cafeína, um Buchecha sem Claudinho, um eu assim sem você, um paradoxo em forma líquida. E com um rótulo feio pra dedéu (similar ao da Coca normal, mas com as letras em cor de burro quando foge no lugar daquele branco típico). A sensação ao abrir a latinha, porém, é boa: é igual Coca-Cola. Tem gosto e cheiro de Coca-Cola, então só pode ser Coca-Cola. Deve ser frescura minha, mas ainda assim tem algo diferente. No fundo, tem alguma coisa que parece errada ali. E, se você é daqueles que tomam Coca-Cola também pelo efeito (falando aquele que já tomou um porre de 5,6l em um só dia e não conseguia dormir de tanto rir), é frustrante. Mas deve ser aquela coisa que o Fernando Pessoa disse, certa vez, ao fazer um slogan para a marca americana entrar no mercado português: "Primeiro, estranha-se. Depois, entranha-se".
Nota:2,5 bolhas de gás
Ranking Pergunte ao Pop de Refrigerantes Bizarros:
1º - ShurFine Creme Soda (4)
2º - Dr Pepper (3)
3º - 7UP (2,75)
3º - Orangina (2,75)
3º - Schweppes Ginger Ale (2,75)
6º - Cherry Coke (2,5)
6º - Coca Cola sem cafeína (2,5)
8º - Brisa Maracujá (2)
8º - Vimto (2)
8º - 7UP Cherry (2)
11º - Sumol Ananás (1,75)
11º - Blue Morango Tropical (1,75)
13º - Blue Pineapple-Coconut (1,25)
14º - Now Green Herbs (0,5)
15º - Trina Maçã (0)
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