23 de dez. de 2013

A Música Entre Aplausos e Curtidas

Quando a internet começou a se popularizar, no começo dos anos 2000, abriu-se uma nova e empolgante perspectiva para os artistas: a de alcançar milhões de novos fãs de maneira fácil, simples e barata, dispensando apoio e dinheiro de grandes gravadoras. As mesmas ferramentas e canais, no entanto, estão acessíveis a todos. A vitrine ficou maior, mas a disputa por espaço também, sendo assim cada vez mais difícil ser ouvido em meio a tantas vozes, músicas e plataformas.

O DJ e produtor Waldo Squash, da Gang do Eletro, que tem seu álbum Treme incluído entre os destaques de 2013, disse que a internet facilitou muito “o aprendizado e compartilhamento de conhecimento entre artistas”, mas a parte de divulgação é “complicada”.

Diante dessa situação, artistas e seus representantes têm que dedicar boa parte do seu tempo cuidando de estratégias para chamar a atenção na rede. “Um dos dramas da minha vida é não poder me dedicar só à música, e ficar menos preocupado com divulgar o trabalho”, diz Alexandre Kumpinski, vocalista da Apanhador Só, apesar de preferir a independência a se submeter a uma gravadora. A banda gravou seu álbum Antes Que Tu Conte Outra com R$ 60 mil levantados por financiamento coletivo, realizado com a colaboração de 1.300 fãs.

Em um trabalho coletivo meu e do grande Camilo Rocha, meu editor no Link, fechamos o ano para balanço com a matéria que me deu mais tesão de fazer desde que eu cheguei ao Estadão, falando sobre as maneiras que os músicos usam (ou não) para divulgar seu trabalho na internet, com a ilustre participação dos Móveis Coloniais de Acaju, o Boss in Drama, a Gang do Eletro, o DJ Guerrinha, do Dorgas, o MC Guime e a Apanhador Só, além da produtora Pamela Leme. Sem falar em quão legal é ter um enorme cavalo estampando as páginas de um caderno de tecnologia. 

Além da matéria principal, eu e o Camilo fazemos uma pequena retrô de campanhas de lançamento legais na sub, repercutindo os casos de Daft Punk, Boards of Canada e Beyoncé.

PS: Essa matéria foi escrita, da minha parte, ao som de Deolinda, Sigur Rós e Felipe Cordeiro. Achei que era uma curiosidade bacana que cês gostariam de saber. 

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