25 de out. de 2012

Robert Plant em São Paulo


À medida que as décadas passam, é comum ver artistas pop de renome dividirem suas apresentações em dois tipos de experiência. Há o grupo de músicos que fazem tudo o que o público quer – algo que pode gerar tanto um espetáculo alucinante, como um show de Paul McCartney, quanto um exercício sobre o tédio, no caso de uma banda como o Deep Purple. E existem aqueles rockstars que parecem se negar a fazer tudo exatamente dentro do combinado, uma escolha que pode tanto levar uma platéia ao êxtase quando decepcioná-la profundamente – como Bob Dylan. Quando Robert Plant, o ex-vocalista do Led Zeppelin, subiu ao palco do Espaço das Américas, em São Paulo, nessa segunda-feira (22), foi fácil perceber que ele é um exemplar – cada vez mais raro – do segundo grupo.

Acompanhado de sua nova banda, a Sensational Space Shifters, Plant fez um show que é coerente com sua idade e seu espaço na música pop atual. Há 33 anos, ele era parte de uma das maiores bandas de todos os tempos, uma rara combinação de energia contagiante que estava sempre prestes a explodir – e de fato explodia –, um amálgama de quatro músicos que poucas vezes será visto de novo no mundo. Mas as coisas mudaram: a voz de Plant não é mais a mesma, nem ele tem mais a mesma vitalidade de quando era a cara da Wanderléa – e, a se julgar pela apresentação em São Paulo, o homem das madeixas loiras sabe muito bem disso.

Na última segunda-feira, vi um dos shows mais bonitos que passaram pelo Brasil em 2012 - e acabei escrevendo sobre ele (e também sobre envelhecer com dignidade na música pop) para o Scream & Yell. O resto do texto você confere lá

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