Gamado no gamão (ao fundo, o Monastiraki) |
Se ontem foi um dia bastante nublado, com o sol e a chuva dando às caras de vez em nunca, a sexta-feira foi talvez o dia mais bonito que eu vi desde que cheguei na Europa, em um sábado de carnaval. Fez sol o dia todo (e deu pra usar só camiseta, coisa que fazia quase dois meses que eu não fazia), o que deixou uma cidade já colorida com um brilho todo especial. Aproveitei para tirar fotos (algumas vocês podem ver aqui neste texto, mas todas elas estão lá no Facebook) e pra curtir a cidade a pé, como deve ser feito (apesar de muitos gregos tentarem me fazer pegar o metrô).
A Ágora |
Erguido no século VI a.C, reformado pelos romanos nos primeiros séculos depois de Cristo, transformado em campo de pastagem na época da dominação cristã e reerguido no século XIX, após a independência grega, o Panathinaiko é uma visita obrigatória para qualquer um que se diz minimamente fã de esportes. Afinal, é dele que saem as tochas olímpicas em sua caminhada para todas as Olimpíadas e é ele um dos principais espaços dos primeiros jogos da era moderna, realizados aqui em 1896. Além disso, para os brasileiros o lugar guarda um sabor especial: foi nele que o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima (salve primo!) conquistou a medalha de bronze em Atenas-2004, após liderar a prova e ser atingido por um padre irlandês.
Voa, aviãozinho, voa |
Antes do estádio, porém, relembrei meu momento nerd da época do Ensino Fundamental e me enfiei em três museus: o Arqueológico Nacional (bacana, mas um bocado repetitivo), o Numismático (uma casinha simpática que conta em dois andares curtos a história das moedas, da Ásia Menor aos dias de hoje) e o Benaki (o único museu que paguei na viagem, 5 euros pela entrada reduzida, contando a história da arte grega do período pré-histórico até 1922, com destaque para a reconstrução do período bizantino e da ocupação turca). Entre eles, uma passagem rápida pela Academia de Atenas, onde Platão antigamente ensinava a seus alunos e hoje é um prédio dedicado a palestras, pesquisas e atividades acadêmicas (dup) da Universidade de Atenas, vizinha ao prédio.
Comida <3 |
Amanhã resta pouca coisa pra fazer - preciso ir dar uma olhada no Templo de Zeus Olímpico, único item essencial da minha lista de coisas a visitar aqui. Estou dividido a gastar o resto do dia entre ir de novo na Acrópole (e torcer para um pouco de sol) ou pegar um livro, botar na mochila e achar um parque para ficar sossegado por aí. Conto pra vocês depois, com um (possível) puta sorriso no rosto.
O sol, a crise e o churrasquinho grego de Atenas
Os museus, as avenidas largas e a falta de charme de Madri
Os primeiros dias em Lisboa
A apresentação sublime do Sigur Rós em um campo de touros
Tempo, tempo, tempo. És um dos deuses mais lindo.
ResponderExcluirTempo é um bem precioso, não nos é dado em ambundância. Quando usado de forma generosa, o mundo sorri absoluto, como que mágica. Certo Bruno?
Ludy