"I had seventeen dollars in my wallet. Seventeen dollars and the fear of writing. I sat erect before the typewriter and blew on my fingers. I started to write and I wrote." (John Fante)
21 de dez. de 2011
As Canções Que Você Fez Pra Mim
28 de out. de 2011
Além do Que Se Pode Ver
16 de out. de 2011
Shows e Textos
6 de out. de 2011
Descoberta, Ruptura
Dividir a música em gêneros é uma coisa curiosa. O que deveria servir para guiar e dar uma melhor referência sobre um determinado artista ou estilo acaba, pelo lado oposto, limitando as canções que ouvimos. Como uma espécie que não gosta de mudanças, privilegiamos o conforto, nos centrando em alguns nichos – e por vezes, deixando passar trabalhos artísticos maravilhosos, mas que passariam batido se seguíssemos à risca um rótulo preestabelecido. “A breakthrough”, diriam os ingleses em uma palavra, que em bom português significa tanto "descoberta" quanto "ruptura". É o que acontece, por exemplo, com uma das grandes revelações desse 2011 que começa a se encerrar: o cantor inglês James Blake. Filho da cena dubstep londrina, que se caracteriza por produções muito bem amarradas, com linhas de baixo fortes e baterias reverberantes, Blake chama a atenção com sua voz límpida e potente. Mas seu disco de estreia, James Blake, e o recém-lançado EP Enough Thunder mostram que ele é mais que uma vozinha bonita.30 de set. de 2011
Surpresa Numa Noite de Quinta
27 de set. de 2011
They're (Still) Red Hot
21 de set. de 2011
O Son(h)o Acabou

11 de set. de 2011
Rapidinhas: Pélico

2 de set. de 2011
Para Fazer Sucesso

22 de ago. de 2011
Driving Music, Gui Amabis

Driving Music - Comic Sans
Toda vez que eu ouço falar de uma banda nova brasileira que canta em inglês, eu sempre torço o nariz - algo que eu já abordei um pouco aqui. Mas quando se tratou do trabalho de Fábio Andrade, sob o nome da Driving Music, algo diferente aconteceu. Comic Sans (disponível para download no link acima), lançado pelo selo carioca midsummer madness em 2011, é um bonito álbum, filho bastardo de discos como Yankee Hotel Foxtrot, do Wilco, e Either Or, do finado Elliott Smith. Pelo menos é o que dá pra sentir em músicas como "Orange Fruit Comes" e "Aphasic Singalong", enquanto "Settle" tem uma condução típica do Manic Street Preachers. O destaque do disco, porém, fica para a facilmente cantarolável "Watching the Wind".

Gui Amabis - Memórias Luso Africanas
O título de Memórias Luso-Africanas pode trazer ao ouvinte alguma ideia de álbum conceitual viajante por motivos particulares e emocionais de Gui Amabis. Não deixa de ser verdade, mas é muito mais uma boa coleção de canções que o produtor fez sozinho, contando com a participação de três nomes em alta rotação na cena indie paulistana: CéU, Criolo e Tulipa Ruiz. Tulipa se apega ao seu padrão romântico-idealista nas fofas "Sal e Amor" e "Ao Mar", enquanto CéU põe à prova todo seu charme em "Swell", uma faixa com cheiro e gosto de maresia. Já Criolo faz bonito na canção "Para Mulatu", que traz consigo algo do passado negro, "toda a beleza dos tambores", como diria o próprio cantor. Vale a pena conferir.
12 de ago. de 2011
Vida de Solteiro
Escrevi sobre esse filme anos atrás, no Anúncio de Refrigerante, um dos muitos blogs que já tive e ficaram perdidos pela internet. A versão que segue é uma revisão daquele texto antigo, então não estranhe se o que vem abaixo lhe parecer familiar. Quando se é solteiro, é comum que os amigos sejam as pessoas com quem mais convivemos: companheiros de cerveja, de carteado, de shows de rock suados e barulhentos, de noites simplesmente jogando conversa fiada. Estão todos na mesma, procurando ou tentando esquecer alguém – todos têm os mesmos problemas, a diferença é que alguns escondem isso bem e outros não. Quando se é solteiro, vai-se para a noite tentando não ter qualquer preocupação e com apenas um objetivo: se dar bem, pelo menos, até a manhã seguinte.
7 de ago. de 2011
Fountains of Wayne, Miles Kane


5 de ago. de 2011
Colin Meloy & Seus Covers
2 de ago. de 2011
Ditado

29 de jul. de 2011
Erasmo, Vanguart, CSS
25 de jul. de 2011
Dois é Pouco

20 de jul. de 2011
"Maturidade é Só Uma Fase"
14 de jul. de 2011
Bidê ou Balde, Cícero


9 de jul. de 2011
O Clube dos Corações Surdos

3 de jul. de 2011
Não Fosse o Bom Humor
Depois de cerca de seis meses longe dos palcos paulistanos, a Superguidis voltou à cidade em uma única apresentação no Itaú Cultural, no último sábado, dia 18. Ao divulgar seu mais recente álbum, Superguidis, de 2010 – ou, como é mais conhecido pelos fãs, "Triângulos" -, os gaúchos deixaram claro para os ali presentes que são capazes de fazer um dos shows mais intensos do cenário independente nacional. Se, em estúdio a banda aponta para um caminho mais maduro, mas sem perder a inocência e o frescor de outrora, ao vivo essa sensação é ampliada.14 de jun. de 2011
Lady Gaga, Fleet Foxes

Em um disco marcado pelo hedonismo e pela ausência de novidades musicais, Lady Gaga prova que, em sua persona artística, o que cada vez menos importa é a música. Em sua maioria, as canções exibem aquilo que todo mundo já previa que pudesse acontecer: letras fáceis e fúteis, sem o mesmo apelo do disco anterior, mas apelativas até à medula. A sonoridade muito eletrônica e artificial que permeia Born This Way - o álbum - chega até a irritar. Como consolo, resta a faixa título, um bom single, que guarda em sua essência as características de uma boa canção pra pista - mas que, ao contrário do que pensou Elton John, não chega nem aos pés de virar um hino como "I Will Survive" ou outros petardos do gênero. Cabe só esperar o que é que Gaga aprontará em seus clipes e shows - e reduzir o volume a zero.
Fleet Foxes - Helplessness BluesHelplessness Blues, segundo trabalho dos americanos do Fleet Foxes, vai um pouco além do auto-intitulado primeiro trabalho do grupo. Se em Fleet Foxes o modelo era quase que estritamente "folk medieval", aqui eles se aproximam da música urbana de Simon & Garfunkel - especialmente no que diz respeito a arranjos vocais - , da aura de Elliott Smith e do tom mais místico de Nick Drake, mas sem deixar o passado de lado. Vale a pena prestar atenção na faixa-título, em "Sim Sala Bim", e na grande viagem de "The Shrine/An Argument".
5 de jun. de 2011
Cara ou Coroa?
No último mês que passou, a Apanhador Só, banda de Porto Alegre que lançou um dos álbuns mais interessantes do ano passado, fez uma série de apresentações na cidade de São Paulo. Divulgando seu mais recente trabalho, o disco Acústico-Sucateiro, de 2011, o conjunto gaúcho se alternou entre exibições desplugadas - com direito a utilização percussiva de instrumentos como roda de bicicleta, molho de chaves e ralador de queijo - e shows elétricos, com sua formação "convencional" - ou seja, baixo, bateria e guitarras, pilotados respectivamente por Fernão Agra, Martin Esteves, Felipe Zancanaro e Alexandre Kumpinski (que também canta). Tal dinâmica permite ao grupo mostrar duas facetas de seu trabalho, como se, ao definir qual é o formato deles, seus shows se transformassem em uma partida de cara-ou-coroa.24 de mai. de 2011
Na Linha de Frente
Em 1997, com o clipe de "Diário de Um Detento", e o disco Sobrevivendo no Inferno, que além da já citada, contava com petardos como "Capítulo 4, Versículo 3" e "Fórmula Mágica da Paz", os Racionais MCs mostraram ao Brasil que era possível fazer rap na língua pátria. Marcados por um estilo que conquistava não só o público já habituado ao rap, mas também "os branquinho de shopping", contando histórias sobre drogas, prisões, roubos e preconceito, acabaram também, talvez inconscientemente, deixando a impressão na cultura do brasileiro médio que o estilo das rimas versáteis e batidas secas equivalia a narrar apenas histórias de violência. Poucos não foram os rappers que lutaram contra essa ideal - e neles se insere Criolo, que em 2011 solta um álbum capaz de quebrar mais algumas barreiras para o gênero que nasceu nos EUA. Nó na Orelha, produzido por Daniel Ganjaman, pode ser a pedra de toque para que muita gente passe a abrir seus ouvidos para o rap, sem lenço nem preconceito.15 de mai. de 2011
Rock'n Roll dos Céus - Teenage Fanclub em SP
Ao longo de sua carreira de mais de vinte anos, o Teenage Fanclub nunca chegou a atingir o topo das paradas e ser um sucesso de público, mas definitivamente conquistou o coração de poucos mas ardorosos fãs. Quando os hoje tiozinhos Norman Blake, Gerard Love e Raymond McGinley entraram no palco da The Week, na última quarta-feira, pelo Whisky Festival, talvez fosse possível dizer que já o faziam com o jogo ganho. O que, no entanto, não significa que não tenham feito um show sem energia ou economizaram esforços - quem ali esteve com certeza presenciou um momento histórico.8 de mai. de 2011
A Era da Incerteza
Após passar por diversos vais-e-vens no que diz respeito ao futuro da banda (ora termina, ora continua), e com diversas mudanças em sua formação - atualmente Beto Cupertino, voz e guitarra; Thiago Ricco, no baixo; Fred Valle com as baquetas e Pedro Saddi nos teclados -, o Violins lança novo disco em 2011. Direito de Ser Nada, - clique para download - que sucede Greve das Navalhas, lançado no ano passado, prossegue narrando as angústias que pairam o cotidiano do homem contemporâneo, marcado por dubiedades e incertezas. As boas e filosóficas letras de Beto Cupertino auxiliam esse panorama, uma vez que possibilitam diferentes interpretações para cada ouvinte.3 de mai. de 2011
Brincando de Fazer Música
Uma das melhores estreias do ano passado foi a da banda gaúcha Apanhador Só, em seu disco homônimo. Trafegando com elegância entre o indie rock dos anos 90 e a música brasileira, o grupo fez um belo trabalho brincando com doses de poesia à moda de Manuel Bandeira e Mário Quintana. Em 2011, eles retornam com Acústico Sucateiro, conjunto de canções boladas para ser distribuída pela internet ou em uma fita K7 - o sabor de nostalgia, obviamente, é por conta da casa. Ao regravar suas boas canções do primeiro disco, a banda não faz feio - e vai além com algumas ideias que propôs anteriormente.28 de abr. de 2011
Um Farol de Sinceridade
Dave Grohl é um bom sujeito. É difícil negar isso ao ver sua entrega quando canta ou exibe seus belos riffs de guitarra de maneira muito sincera. E essa possivelmente é a maior força de Wasting Light, o mais novo trabalho de sua principal banda, o Foo Fighters, e que pode ser ouvido no link a seguir. Wasting Light, é, sim, como tem sido dito por aí, um retorno à sonoridades mais básicas da banda, e talvez também seu disco mais pesado musicalmente falando. Entretanto, o elemento mais importante do álbum é a paixão: em uma época onde poucas canções soam honestas, as onze que compõe esse novo conjunto funcionam como um alento, um farol em meio a um oceano de superficialidade.24 de abr. de 2011
Art Brut, Marcelo Camelo
Art Brut - Brilliant! Tragic!Às vezes, certas bandas precisam de maturidade. Outras sofrem problemas quando evoluem musicalmente um pouco que seja. A banda de Eddie Argos e cia. é um exemplo típico do segundo caso. A estréia, Bang Bang Rock'n Roll, contava com deliciosas e urgentes faixas como "Moving to LA", "Formed a Band" e "My Little Brother" - petardos que dificilmente passavam dos três minutos. Aqui, entretanto, fica de lado a porradaria sonora pra faixas mais trabalhadas musicalmente - o que, para o Art Brut, significa tédio. A ironia de Argos ainda continua afiada, com boas frases aqui e ali, mas ao final de suas dez longas faixas, a sensação que fica é de tempo perdido.
Marcelo Camelo - Toque DelaTalvez um problema que muitos artistas sofram ultimamente é com a fusão de gêneros - e a consequente rotulação por que passam. Poucos casos são mais emblemáticos que o de Marcelo Camelo. Ele - e sua antiga banda - transita por aquele espaço entre o rock e a música brasileira "tradicional", sem definir de fato em qual oceano navega. Entretanto, é possível perceber que desde Los Hermanos, o disco de 99, até o recente Toque Dela, seu trabalho vem sendo "acustificado" e "MPBizado". Isso se percebe tanto nos arranjos das músicas - poucos deles tem a pegada roqueira de outrota, e muitos nem utilizam guitarras - quanto em algumas referências - "Pretinha" é clara menção aos Novos Baianos, "Despedida" remete à clássica "Marinheiro Só", de Caetano Veloso. É um bonito disco - mas pra quem não quer simplesmente uma memória dos tempos dos hermanos. O destaque fica para "Três Dias", parceria entre Camelo e o quadrinista André Dahmer, e sua bonita atmosfera: "Se tiver insônia, sonha/se faltar a paz/Minas Gerais".
19 de abr. de 2011
De volta a 1986, a bordo do DeLorean
Antes de tudo, é preciso avisar que esse texto não pretende ser um retrato completo da Virada Cultural: seria humanamente impossível fazer isso de maneira coerente. Vou apenas me focar nos quatro shows que vi, durante a tarde de domingo, no palco da Praça Júlio Prestes: Plebe Rude, Frejat, Blitz e RPM. Qualquer leitor atento poderia perceber que se tratam de artistas que não estão no auge de sua carreira - e todos eles surgidos durante a pax roqueira dos anos 80 no Brasil. Feito Marty McFly em seu DeLorean, os shows do dia 17 valem a pena como uma viagem de volta a 1986.14 de abr. de 2011
Dois Pesos, Duas Medidas
10 de abr. de 2011
A Vida Até Parece Uma Festa
Não é novidade pra ninguém que, nos últimos anos, o Brasil tem sido invadido por um punhado de shows, pra todos os gostos e ouvintes. Isso significa que desde “a maior banda de todos os tempos da última semana” quanto dinossauros do rock têm se apresentado constantemente por aqui - em alguns casos, já virou até piada: "Mas quer dizer que o Iron/o Deep Purple/o Echo & The Bunnymen vai vir DE NOVO?". Apesar das gozações, ir a uma apresentação desses artistas veteranos é observar um ambiente lotado, cheio de fãs fanáticos cantando todas as músicas, de maneira empolgada e empolgante. Algumas bandas brasileiras também têm obedecido a esse fenômeno curioso: embora um tanto quanto indulgentes em seus últimos trabalhos de estúdio, no palco elas crescem e são capazes de fazer os espectadores voltar ao passado. Foi o que aconteceu na última apresentação dos Titãs no ABC Paulista, no palco do SESC Santo André, no último sábado (dia 9). 7 de abr. de 2011
The Vaccines, James Blake
The Vaccines - What Did You Expect from the Vaccines? 2 de abr. de 2011
Geração X ou Geração Y?
Um dos mais famosos "conceitos" a respeito do rock'n roll é que, a cada década, sons de 20 anos antes são revisitados a todo o momento: talvez isso tenha começado nos anos 80 brincando com o arsenal lisérgico dos anos 60 (quem aí se lembra do Echo & The Bunnymen fazendo covers de Doors - "People Are Strange"- e Beatles - "All You Need is Love"?). Essa ideia de revisita ficou evidente no grandioso revival que os anos 80 sofreram na década passada, no qual a maioria das bandas que se prezavam - e mais algumas que nem tanto - chupinhavam sem dó riffs e frases musicais de New Order, Gang of Four, Joy Division, Smiths e companhia limitada. Todo esse blábláblá é só pra dizer que a ideia da "viagem no tempo de 20 anos" continua presente nos anos 2010. O álbum de estreia dos londrinos do Yuck, autointitulado, é uma perfeita jornada por muitos dos moldes do rock alternativo dos anos 90. 29 de mar. de 2011
Homens do Presente
"This is my time and I am thrilled to be alive". Ao se ouvir uma frase dessas, é difícil contrariar a ideia de que o R.E.M. vive uma grande fase e se sente bem por isso. Em "Collapse Into Now", décimo quinto petardo da banda da Geórgia, Michael Stipe e seus companheiros fazem um disco mais reflexivo (o que não significa menos enérgico) e bem menos político que o anterior, "Accelerate", mas com igual charme e relevância para os dias de hoje. Sim, antes que você comece a se perguntar, esses tiozinhos ainda tem (muito) o que dizer. 21 de mar. de 2011
Um Nerd Para A Todos Governar

14 de mar. de 2011
The Strokes, The Pains of Being Pure at Heart
10 de mar. de 2011
Uma Carta ao Rei
Escrevo essas mal traçadas linhas como forma de afeição, pois sou admirador da sua música desde criança. E esta carta existe apenas por um simples e único motivo: Roberto, o senhor precisa se modernizar. Há anos seus arranjos são os mesmos, pastiches da genialidade que já se exibiu um dia. São poucos os que te dão o merecido valor. Quem é rei nunca perde a majestade, mas muitas vezes é possível chegar ao ridículo - como o imperador nu da história de Andersen. E o caminho pode ser muito mais fácil que você imagina: um bom começo é ouvir este As 15 Super Quentes que o seu antigo parceiro Lafayette gravou com uma meninada carioca que é uma brasa, mora?
5 de mar. de 2011
Quando 3 é Menos Que 1: O Amor e Outras Drogas

Sabe quando você compra uma coisa, te entregam outra um bocado diferente da primeira e, mesmo assim, você é capaz de gostar da troca? Talvez seja essa a principal sensação que ocorre à mente quando se vê O Amor e Outras Drogas, estrelado pelo jovem e talentoso casal formado por Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal. O filme, que começa com aquele jeitão de comédia corrosiva sobre o mundo corporativo americano (no caso, a indústria farmacêutica), torna-se no meio do caminho uma dramédia romântica das mais típicas. Entretanto, graças à boa atuação da dupla, isso não chega a ser exatamente um grande problema.
2 de mar. de 2011
O Nosso Work é Playá: 15 anos sem Mamonas

26 de fev. de 2011
Les Pops, Cowboy Junkies
Les Pops - Quero Ser Cool
Cowboy Junkies - Demons22 de fev. de 2011
Colcha de Retalhos
Certa vez, o poeta Manuel Bandeira se declarou um "poeta menor", por tratar de assuntos que seriam ligados ao detalhamento, ao humilde, às coisas banais do cotidiano. Em oposição, ele estabelecia que poetas maiores seriam Camões, Gonçalves Dias, Drummond, que tinham como projeto poético engrandecer a pátria, a nação, fazer versos engajados politicamente. Entretanto, valorizando essa sua característica mais íntima, Bandeira acabou por construir uma obra "universal", de força e atemporalidade muito maior que seus dois colegas de modernismo, Mário e Oswald de Andrade. A menção a Bandeira aqui se faz necessária para se chamar a atenção para uma característica interessante reavivada nos últimos anos no cenário musical brasileiro: a da valorização de visões peculiares e individuais do mundo. É uma tendência que, apesar de não ser nova, ganha força a cada ano que passa - e pode ser muito interessante como marca artística da geração "anos 00".19 de fev. de 2011
Rockstar Tiozão, Moleque Atrevido

Se um show pudesse se resumir a apenas uma palavra, a que definiria a apresentação dos paranaenses do Nevilton no SESC Vila Mariana no último dia 17 poderia ser intensidade. Quem ali estava presente - e superou as condições espaço-temporais desfavoráveis, como o trânsito caótico da cidade em uma quinta-feira chuvosa - viu um espetáculo em que ao mesmo tempo era possível rir, se emocionar, ficar de boca aberta ou dançar (de pé ou sentado).
14 de fev. de 2011
Vida e Frenesi - 127 Horas

11 de fev. de 2011
Melancolia e Personalidade: Grace, de Jeff Buckley
10 de fev. de 2011
O Próximo Passo e o Jardim








